A Caixa informou nesse domingo, 30, ter concluído a distribuição do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 2022. Foram depositados, no total, R$ 12,7 bilhões, em 217,7 milhões de contas de FGTS que tinham saldo em 31 de dezembro de 2022. A medida contemplou 132 milhões de trabalhadores com crédito proporcional ao saldo na data.
O banco começou na última quinta-feira, 27, o repasse da distribuição do lucro do FGTS aos trabalhadores. A Caixa tinha até 31 de agosto para fazer os depósitos, mas informou que os valores seriam depositados até o final de julho.
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Os R$ 12,7 bilhões correspondiam a 99% do lucro do fundo em 2022. O resultado, segundo o banco, deve-se ao retorno das aplicações e investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde. “Com a distribuição dos resultados, a rentabilidade do FGTS em 2022 alcançou 7,09%, ficando acima, portanto, da inflação registrada no mesmo período, que foi de 5,79%”, afirmou a Caixa, em nota.
Para conhecer a parcela do lucro depositada, o trabalhador deveria multiplicar o saldo de cada conta em seu nome, em 31 de dezembro do ano passado, por 0,02461511. Na prática, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista recebeu R$ 24,61. Os saques dos valores poderão ser feitos pelos trabalhadores nas situações previstas em lei, como nos casos de demissão sem justa causa, aquisição de moradia própria e doenças graves.
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Saque-aniversário
A proposta do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de acabar com o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já enfrenta resistência. Nesse sábado, 29, o ministro afirmou que o mecanismo é uma “sacanagem” com o trabalhador. Ele deverá enviar ao Congresso em agosto um projeto de lei, em fase final de avaliação, para acabar com a iniciativa.
Após a declaração, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) criticou o projeto do governo nas redes sociais. O ex-ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, que instituiu o saque-aniversário, escreveu no Twitter que “acabar com o direito do saque-aniversário do FGTS é impedir o trabalhador, que ganhou aquele dinheiro com muito suor, de decidir como e quando gastá-lo”.
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