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Café Empresarial da ACI ocorre na manhã desta terça-feira

Acontece na manhã desta terça-feira, 29, a edição de setembro do Café Empresarial da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. A edição ocorrerá em formato virtual, com transmissão pelo Instagram @aci_scs. A convidada é a gaúcha Hildengard Allgaier, sediada em São Paulo, gerente de inovação e sustentabilidade do Sistema B para o Brasil, movimento global que pretende redefinir o conceito de sucesso nos negócios e identificar empresas que utilizem seu poder de mercado para solucionar algum tema social e ambiental. A condução do painel ficará a cargo de Gabriel Quiliconi, executivo de Relações Governamentais, Institucionais e Sustentabilidade Corporativa da JTI – Japan Tobacco International, e também diretor de Sustentabilidade da ACI Santa Cruz do Sul.

Com mais de uma década de experiência internacional em ambientes de negócios, incluindo consultoria, multinacionais e área acadêmica, Hildengard vai abordar o tema “Novos tempos, novas empresas”, referindo o que são o Sistema B e o Imperative 21 e a relação entre mundo corporativo e impacto socioambiental. Criado nos Estados Unidos, o Sistema B tem o objetivo de apoiar e certificar as empresas que criam produtos e serviços voltados a resolver problemas socioambientais.

O Café Empresarial é promovido pela ACI Santa Cruz do Sul, com patrocínio de BRDE, Unisc e Gazeta Grupo de Comunicações e apoio da Padaria Pritsch. Hildengard antecipou algumas reflexões sobre a temática de sua palestra por e-mail para a Gazeta do Sul.

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Entrevista
Hildengard Allgaier – Graduada em Relações Públicas, consultora de inovação e sustentabilidade. Lidera o Sistema B Brasil

Qual o impacto do Sistema B no mundo corporativo para uma sociedade mais sustentável?
Pensamos que nosso maior impacto acontece quando trabalhamos em rede. Temos hoje 180 empresas B no Brasil que, juntas, geram uma receita em torno de R$ 15 bilhões. Acreditamos que o nosso processo de certificação é uma jornada que auxilia empresas a redefinirem boas práticas e modelos de negócio de impacto que geram não apenas lucro, mas um capitalismo de stakeholders, ou seja, uma preocupação com todos os públicos que influenciam ou são influenciados por aquela organização. Isso torna as empresas mais resilientes durante a crise e mais sustentáveis para desafios de longo prazo. Durante a Covid-19, vivemos um período onde grandes negócios perderam força e quebraram; em nosso portfólio de empresas B, por exemplo, apenas uma empresa descontinuou suas atividades.

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Quais são os planos do Sistema B para o Brasil com a nova diretoria?
Ao logo dos últimos anos temos atuado para cada vez mais trabalhar com empresas de diversos segmentos, negócios que já nascem sustentáveis e outros que precisam evoluir em suas práticas e modelos de negócio. Nosso plano para os próximos anos é ressignificar nosso papel, trabalhando também com negócios menores – da base da pirâmide e negócios de periferia, mas também empresas que atuam no mainstream, que podem também dar escala ao movimento e reunir uma força de lideranças que realmente estejam engajadas e ressignifiquem cultura, propósito, visão e valores no mundo corporativo.

Como está a expectativa com relação a uma retomada da socioeconomia no pós-pandemia?
Acredito que a pandemia está nos ensinando muitas coisas e essa retomada será mais orgânica e natural. As empresas estão revendo suas práticas e muitas delas entenderam que têm uma preocupação além dos seus lucros. Durante a Covid-19, por exemplo, vivemos um período onde grandes negócios perderam força e quebraram; ao contrário, em nosso portfólio de empresas B pudemos verificar muito mais estabilidade.

Em torno de 95% das empresas certificadas são pequenas ou médias, com até 250 colaboradores. Qual a estratégia do Sistema B para redesenhar o capitalismo?
A crise socioeconômica e ambiental que vivemos hoje é diretamente influenciada por um sistema exploratório, que prioriza o lucro e a acumulação de capital a despeito da sociedade. É um modelo produtivo e de relações empresariais que está em colapso e precisa ser revisto. Precisamos pensar em que sociedade gostaríamos de viver e nos unir para que as mudanças aconteçam, assumindo o protagonismo dessas ações.

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Cerca de 80% das empresas B no Brasil são de pequeno e médio porte e a nossa estratégia é continuar abrindo caminhos para atrair cada vez mais negócios de impacto que já tenham B no seu DNA. Paralelo a isso, estamos olhando também para questões de diversidade e inclusão, negócios de periferia, com maior representatividade feminina etc, mas sem esquecer dos grandes negócios, que têm um papel fundamental para a economia.

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