Dos três cachorros que a balconista Lisane Bubolz mantinha em casa, dois – um macho e uma fêmea – morreram nessa segunda-feira, 20. A suspeita é de que a causa da morte seja envenenamento, já que há alguns dias outros moradores do Bairro Renascença, em Santa Cruz do Sul, começaram a relatar diversas mortes de cães e gatos.
Geralmente, Lisane mantinha os três cachorros da raça pinscher dentro de casa, principalmente por causa do frio. No entanto, em um curto período do dia costumava deixá-los brincar no pátio, que é aberto. Na segunda-feira, um dos animais não quis sair. Os outros dois, segundo ela, tiveram 45 minutos de distração. Quando retornaram, ela percebeu que os cães permaneceram deitados e babando muito. Tentou socorrê-los, mas já era tarde.
Ao entrar em contato com o veterinário Renato Saldanha Teixeira e relatar os sintomas, o profissional logo apontou a possibilidade de envenenamento. Segundo Teixeira, a ação dessas substâncias é bem rápida – cerca de dez minutos –, o que torna o socorro aos animais muito difícil. “O ideal é procurar um veterinário imediatamente ou fazer o cachorro vomitar.” Conforme Teixeira, se crianças ingerissem o veneno, os danos também poderiam ser graves.
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O envenenamento de animais é crime. Lisane mora há 28 anos no local e diz nunca ter recebido reclamações sobre seus cachorros. Ela preferiu não registrar o ocorrido na polícia, para evitar conflitos com vizinhos. “Mas não concordo com o que fizeram, estou muito triste.”