Santa Cruz do Sul sediará, nesta sexta-feira, a primeira reunião da Subcomissão em Defesa do Setor Produtivo do Tabaco da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O encontro, com início às 9 horas, será no plenário da Câmara de Vereadores e é aberto a toda a comunidade.

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A região é a maior produtora e exportadora de tabaco do Brasil, concentrando os produtores, que demonstram preocupação com os impactos e restrições discutidos na Conferência das Partes da Convenção-Quadro do Tabaco (COP-10), que ocorrerá no fim do ano, no Panamá. Proponente da subcomissão, o deputado Marcus Vinícius de Almeida (PP) diz que a expectativa é positiva quanto ao comparecimento. Há a confirmação de diversos líderes, tanto da área de produção quanto empresarial, além de entidades como Afubra, SindiTabaco e Abifumo.

“Aguardamos esses líderes para apresentarem dados com relação à economia do tabaco e o impacto social e externarem o quanto as medidas restritivas vindas da COP podem afetar o bem-estar social e a economia do Rio Grande do Sul”, antecipa. Ele reforça que todo o conteúdo tratado entre 9 horas e meio-dia será compilado para integrar o relatório, que será entregue ao término dos 120 dias de trabalho, em um encontro em Brasília com participação da Secretaria das Relações Institucionais do governo federal, e ministérios da Saúde e da Agricultura.

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A preocupação com o setor também foi evidenciada nessa quarta-feira em encontro do presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da AL, Luciano Silveira. Ele esteve com o deputado federal Alceu Moreira (MDB), na capital federal, e participou de reuniões preparatórias para audiência pública com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. As discussões foram em torno do posicionamento do Brasil na COP-10. “Os produtores pedem que a representação brasileira não prejudique a cadeia da produção de tabaco no país, em especial no Rio Grande do Sul”, ressalta.

No último dia de maio, uma ação do governo federal acendeu uma luz de alerta na cadeia do tabaco. A campanha Plante comida e não plante tabaco foi divulgada nos veículos online oficiais. “A situação foi recebida por alguns como traição do governo federal, que sustentou que não haveria problema com relação ao plantio, que o problema seria o ato de fumar em si. Não sou fumante, mas conheço a importância da cadeia produtiva do tabaco”, diz Marcus Vinícius. Ele acrescenta que houve divulgação de fake news no conteúdo apresentado pelo governo.

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