Interditada desde a tarde desse domingo, a ponte da BR-153 sobre a Várzea do Castagnino, em Cachoeira do Sul, teve uma cabeceira levada pela enchente na manhã de hoje. A cratera agrava o problema da estrutura, que já teria perdido dois pilares de sustentação devido à força da enchente que atinge a região. O nível do Rio Jacuí está baixando lentamente e ainda há famílias desalojadas na cidade.
Com 85 metros de extensão, a ponte fica entre a área urbana de Cachoeira e a BR-290 e está localizada a 1,3 quilômetro da Barragem do Fandango. O bloqueio total do trânsito no local obriga os motoristas a desviarem por Novo Cabrais (RSC-287) ou Rio Pardo (RS-403).
Para ir de Cachoeira a Porto Alegre é possível utilizar a RS-403 (que não é totalmente pavimentada), até a cidade de Rio Pardo. De lá o motorista segue pela BR-471 até Pantano Grande, onde retoma o itinerário normal. Outro caminho é seguir por Novo Cabrais, Candelária, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, o que aumenta o trajeto em quase 100 quilômetros.
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Já para quem vai a Cachoeira a partir da Fronteira Oeste é preciso seguir pela BR-392, em São Sepé, e depois utilizar a RS-149, passando por Formigueiro e Restinga Seca. Os ônibus da empresa Unesul que fazem a linha Cachoeira-Porto Alegre estão desviando por Candelária, Santa Cruz e Rio Pardo. As viagens estão demorando, em média, duas horas a mais que o normal.
SEM PREVISÃO
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado, Hiratan Pinheiro da Silva, vistoriou o local na manhã de hoje. Segundo ele, só depois que a enchente baixar é que será possível fazer uma avaliação técnica da ponte e apontar possíveis soluções. Enquanto isso, o trânsito segue bloqueado por tempo indeterminado. O local está isolado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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CAPTAÇÃO DE ÁGUA
A cheia do Rio Jacuí que destruiu uma das cabeceiras da ponte da Várzea do Castagnino também prejudica o abastecimento de água em Cachoeira. Por medida de segurança a AES Sul desligou, ainda no fim de semana, a rede que alimenta os motores da Corsan, instalados juntos à Barragem do Fandango. O sistema elétrico só será religado depois que a água baixar.
Na manhã de hoje, técnicos da Corsan e militares do 3º Batalhão de Engenharia de Combate fizeram uma vistoria no local e deram início à instalação de uma rede provisória, mais alta, o que pode garantir o funcionamento dos motores já nas próximas horas. Também pela manhã a Prefeitura de Cachoeira entrou com ação judicial contra a Corsan devido à demora para religar o sistema de captação de água. O pedido de liminar deve ser analisado ainda hoje pela Justiça local.a
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Vídeo abaixo mostra a situação da ponte pouco antes da cabeceira desabar: