Em meio à programação da Semana Farroupilha, o movimento nas lojas especializadas em indumentária gaúcha triplicou. Ao longo das últimas semanas, a procura por camisas, lenços, bombachas, botas e alpargatas tem crescido ao ponto de alguns itens esgotarem nas prateleiras. Estabelecimentos do ramo em Santa Cruz do Sul aumentaram o horário de atendimento para conseguir atender à demanda.
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Embora a vestimenta adulta se mantenha em alta nas vendas, os artigos infantis vêm sendo o carro-chefe no aquecimento do mercado durante o período, principalmente devido às festividades nas escolas. “As vendas de roupas e calçados para o público infantil cresceram muito e chegam a 70% das nossas saídas. Da metade de agosto para cá, estamos vendendo muito esses artigos”, diz Denilson Borgmann, proprietário da Selaria Gaúcha Santa Cruz, que fica na Rua Venâncio Aires.
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Segundo ele, o movimento tem superado a expectativa. “Tivemos dois anos de eventos cancelados ou com restrições, mas em 2022 estamos vendendo mais até do que em 2019, quando ainda não tinha acontecido a pandemia”, salientou Borgmann. Para atender ainda o público que não quer adquirir uma roupa completa, a loja dispõe de vestidos infantis para aluguel. Conforme o empresário, o público feminino adulto também vem modificando a vestimenta.
“Hoje as prendas buscam muito saia e blusa, mais do que vestido. Muitas também querem bombacha, que já facilita no uso com a alpargata, mais no estilo alto esporte.”
Segundo o proprietário da Selaria Gaúcha, os produtos vêm sendo adquiridos desde junho e alguns fornecedores não estão conseguindo entregar, pela grande procura. “Neste ano, não faltou produto para nós porque nos adiantamos.” Durante as festividades da Semana Farroupilha, a loja tem fechado às 19 horas, atendendo também durante o meio-dia.
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Falta de matéria prima
Com mais de 30 anos de tradição na venda de artigos e indumentária gaúcha em Santa Cruz, a Casa Duarte, na esquina das ruas Tenente Coronel Brito e 28 de Setembro, também vem recebendo uma grande quantidade de clientes ao longo das últimas semanas.
“Vem se acentuando muito o número de pessoas na loja diariamente. Infelizmente, as fábricas estão com problemas de matéria-prima. Elas não estão conseguindo atender devido à demanda. Tivemos pedidos de maio, junho e julho que ainda não chegaram”, afirma o proprietário, Josué Duarte.
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Segundo ele, a produção na região da Fronteira, em cidades como Santana do Livramento e Uruguaiana, de tecidos, solados, borracha, fivelas e metais vem causando atrasos nos pedidos das empresas especializadas, o que pode acarretar falta de produto em razão da procura. Conforme a esposa de Duarte, Nair Mueller, a loja tem fechado todos os dias às 19 horas, uma hora mais tarde do que o normal, para dar conta das vendas.
“Está saindo muito na linha infantil. Graças a Deus, os colégios têm esse incentivo e movimento da tradição, que é muito forte. A busca tem sido bem boa e, nessas últimas semanas, as vendas têm aumentado significativamente”, afirma. De acordo com Nair, desde maio a loja já começa a pensar nas vendas de setembro. “Há produtos que chegam e nem conseguimos etiquetar, vai para venda direto, de tanto que sai.”
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