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Burocracia ainda impede retomada de obras na ERS-403

Os trabalhos de pavimentação na ERS-403 foram retomados somente no sentido Cachoeira do Sul–Rio Pardo. No lado contrário, os serviços devem ser reiniciados em breve, segundo o governo do Estado.

No dia 21 de setembro, o governador Eduardo Leite anunciou a destinação de R$ 3,9 milhões para o asfaltamento de cinco quilômetros, com reinício imediato e prazo de 90 dias para conclusão. São R$ 2 milhões para o sentido Cachoeira do Sul–Rio Pardo e ainda um aporte de R$ 1,9 milhão provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o sentido Rio Pardo–Cachoeira do Sul.


Conforme o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, a autorização para a volta das máquinas é uma questão contratual com o consórcio responsável pelo lote. “Precisamos ter uma garantia das empresas em relação à entrega da obra”, resumiu.

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A espera pela conclusão da pavimentação se arrasta desde a gestão de Alceu Collares, entre 1991 e 1995, quando começaram os serviços. Nos 18 quilômetros pavimentados em Rio Pardo, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) realizou uma operação tapa-buracos recente, mas a rugosidade das camadas sobrepostas gera trepidações em diversos pontos. O pior trecho é no quilômetro 12, antes do acesso a Passo da Areia.

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Enquanto isso, moradores, agricultores e empresários precisaram enfrentar 27 quilômetros de terra em um total de 62 quilômetros entre as duas cidades. Entre os quilômetros 20 e 21, por exemplo, o principal desafio são as corrugações, popularmente conhecidas como “costelas de vaca”. Com um carro de passeio, o motorista precisa reduzir para a segunda marcha e andar devagar.

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Agricultor da localidade de Cruzaltinha, Augério da Silva Passos, enfrenta o trecho precário diariamente. “Isso é uma vergonha. Anos esperando esse asfalto. A situação da estrada é péssima, cheia de valetas e ondulações”, afirma.

Augério Passos: “É uma vergonha” | Foto: Alencar da Rosa


Os motoristas Rafael Pacheco e Antônio Carlos da Silva trafegam na rodovia ao menos uma vez por mês com o caminhão da transportadora na qual trabalham. “É horrível andar por aqui. Os caminhões precisam de uma manutenção maior. O frete acaba saindo mais caro”, diz Pacheco.

Presidente do Sindicato Rural de Rio Pardo, Luiz Henrique Miguel Lau salienta a importância da via para a economia local. “É um corredor para escoar a safra em direção a Rio Grande e para a chegada de insumos. Nos períodos de chuva, fica quase intransitável. Acredito que depende mais da vontade política do que dificuldades para investir na conclusão do asfalto”, enfatiza.

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