São 1,2 mil metros de asfalto que se transformam em um desafio para os motoristas. Essa é a realidade da VRS-849, que liga a região central de Candelária ao Balneário Carlos Larger, a prainha, um dos pontos mais conhecidos do município.
A situação tem chamado a atenção dos moradores e comerciantes do Bairro Costa Norte, que cobram providências dos órgãos responsáveis. Enquanto esperam por uma solução, motoristas precisam testar a paciência e muitas vezes se arriscar trafegando na contramão.
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Em determinados pontos, os buracos chegam a ter mais de 10 centímetros de profundidade. A quantidade de desníveis, inclusive, ganhou visibilidade recentemente a partir de uma publicação feita pelo jornalista candelariense Adriano Ellwanger em redes sociais. Segundo o relato, são 500 buracos no percurso de 1,2 quilômetro.
“Não tem cabimento a situação. O pessoal aqui em Candelária achou engraçado e muitos não acreditaram, mas eu contei os buracos. Hoje com certeza já tem mais, porque isso já faz umas duas semanas, e toda vez que chove aumenta”, aponta o jornalista, que também é morador da localidade.
Na última segunda-feira, 15, a Gazeta do Sul esteve no local e confirmou o problema. Quem precisa passar pelo trecho reforça as queixas. A via é estadual e sua manutenção está sob responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Há cerca de um ano, chegou a ser cogitada a municipalização da VRS-849, inclusive com a elaboração de um documento com cerca de 180 assinaturas.
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O próprio prefeito de Candelária, Nestor Ellwanger, também se junta aos moradores da região e diz que buscou providências. Quanto à municipalização, porém, ele afirma que não seria justo a Prefeitura receber uma estrada nessas condições. “Nesse local temos comércio, temos restaurantes e, portanto, o fluxo de veículos é grande. Mas, infelizmente, mesmo quando eu era vice-prefeito de Candelária, no último mandato, fui inúmeras vezes ao Daer. A única providência que conseguimos foi uma operação tapa-buracos”, lamenta.
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Desde que assumiu como prefeito, conta que fez várias visitas ao órgão, mas não obteve retorno positivo. “Temos interesse em municipalizar a estrada, contanto que o Daer a entregue totalmente recuperada, recapeada e sinalizada. Assim, ela passaria a ser municipal. Porém, depois de protocolarmos o pedido, não obtivemos nenhuma resposta até agora.”
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Ainda na segunda-feira, a Gazeta entrou em contato com o Daer para solicitar informações. No entanto, a assessoria de comunicação não deu retorno até ontem acerca da possível negociação em torno da municipalização da via.
A assessoria de imprensa do Daer informou que está sendo plajenada uma revitalização do local, o que ainda não ocorreu em virtude das chuvas dos últimos dias. “Isso não existe. Não adianta dizer que está no cronograma, que é culpa da chuva. Tivemos dois anos de seca e não fizeram nada. Eles recolhem impostos e a gente tem que pagar. Se a gente não paga, eles dão um jeito de cobrar e nós não podemos cobrar deles. É muito desigual”, disse Eduardo Volz, presidente da associação de moradores do Bairro Costa Norte.
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Com uma pizzaria instalada na margem da estrada há mais de três décadas, o empresário Alberto Radtke é testemunha da situação. Seu estabelecimento foi o primeiro instalado no trecho e vem sentindo os prejuízos causados pela buraqueira ao longo do tempo. Ele conta que a situação afasta clientes, que temem prejuízos em seus automóveis ou até mesmo acidentes.
“As pessoas já não vêm mais para este lado por causa da buraqueira. E todos os dias a gente ouve relatos de cidadãos que tiveram algum problema: que furou o pneu, que avariou seu carro”, afirma. Para ele, o Estado deveria ser acionado para reparar os danos. Em meio a isso, a espera é por uma solução, diz o empreendedor.
Presidente da associação de moradores do bairro, Eduardo Volz conta que se sente desesperançoso em relação a um desfecho. Ele frisa que os moradores já fizeram vários protestos, até mesmo fechando a rodovia, mas a resposta do poder público nunca chega.
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