Quem transita pelas ruas de Santa Cruz do Sul, seja pelo Centro ou nos bairros, provavelmente notou o aumento do número de buracos sendo abertos nessas vias. Apenas quem cruza a Avenida Independência, por exemplo, passa por pelo menos cinco pontos onde é necessário reduzir a velocidade e desviar por causa de intervenções da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Algumas das obras, inclusive, já foram concluídas há dias, mas os locais seguem intransitáveis.
A lentidão do trânsito no final de tarde de um agitado dia de trabalho ficou ainda maior na Rótula do 2001 nesta semana. Quem vinha pela rotatória com o objetivo de acessar a Avenida Independência, em direção à Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), precisava tomar cuidado, pois equipes da Corsan trabalhavam logo no começo da via. A cena se repetia em diversos outros pontos da cidade. Na Joaquim Murtinho, onde o movimento também era intenso, um grande buraco ocupava parte da rua, levando os carros a terem que dividir uma mesma pista.
Essas obras, que ocorrem em grande parte da cidade, são normais nesta época do ano, de acordo com o gerente da Corsan, Armin Haupt. A grande maioria das intervenções realizadas nestas últimas semanas em Santa Cruz, explica, foi para consertar vazamentos de água. “Quando esfria, o que costuma acontecer nesta época do ano, o consumo de água diminui em toda a cidade. Com isso, a pressão nas redes aumenta e os canos estouram”, ressalta. O gerente diz ser uma rotina típica de inverno da Corsan e que ocorre geralmente nas redes de água mais antigas. “É isso que está sendo feito na maioria dos casos, como na Independência e na Joaquim Murtinho.”
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Além do conserto dos vazamentos, algumas das obras na cidade estão servindo para a instalação de válvulas que regulam a pressão da água. “Essas válvulas ajudam a diminuir os problemas de vazamento e podem evitar a necessidade de obras nos próximos anos”, explica Haupt. Os buracos nas ruas da cidade vão seguir nestas primeiras semanas de intenso frio do ano. Depois, a situação deve ser normalizada.
Falta de asfalto tem prejudicado o fechamento
Não são apenas as obras em andamento que têm atrapalhado o trânsito santa-cruzense – as já concluídas também seguem causando problemas. Isso porque os buracos abertos não têm sido totalmente fechados pela Corsan. De acordo com o gerente Armin Haupt, a falta de um produto usado para fazer asfalto dificulta o serviço. “Temos uma empresa que fornece o asfalto para fecharmos os buracos após as obras. Porém, a falta de um produto no Rio Grande do Sul está atrasando essa entrega. Portanto, não temos como arrumar a rua quando terminamos o serviço”, lamenta. O gerente acredita que na próxima semana o fornecimento voltará ao normal e, assim, os buracos poderão ser totalmente fechados.
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