As condições da RSC-287 voltaram a ser motivo de atenção no trajeto entre Santa Cruz do Sul e Santa Maria. Nos últimos dias, a situação se agravou em decorrência da chuva, especialmente nas áreas próximas a Candelária.
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Da mesma forma, as queixas de motoristas aumentaram diante dos riscos de acidentes. Na manhã dessa segunda-feira, 8, a reportagem da Gazeta do Sul percorreu parte da rodovia para verificar suas condições. Logo após Santa Cruz, os transtornos iniciam-se na entrada da Linha Ferraz, perto do viaduto que dá acesso a Vera Cruz e Vale do Sol. Os buracos são grandes e em alguns locais é quase impossível desviar, tendo como única possibilidade o uso do acostamento.
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A estrada continua assim até o pedágio de Candelária, onde os veículos precisam fazer manobras perigosas. Após a passagem pelos postos de cobrança, os buracos ainda são aparentes, mas com espaços maiores para desvio. Passando por Candelária, o próximo ponto que apresenta transtornos fica na região de Linha Boa Vista. Lá, o tráfego encontra-se em meia pista, no modelo pare e siga. No trajeto onde os motoristas devem passar é quase impossível não encontrar um buraco, já que não há espaço para desviar devido à obra.
Cristian Pereira, morador de Santa Cruz, utiliza a rodovia diariamente por conta de seu trabalho em Candelária e em outros municípios da região. Segundo ele, antes da chuva a situação estava aceitável até para viajar de moto. “Está extremamente arriscado. No sábado, fui realizar um trabalho em Paraíso do Sul e no trecho do pedágio de Candelária tivemos que andar praticamente pelo acostamento.”
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Pereira faz um alerta para os riscos. “É inaceitável pagar pedágio todos os dias e mesmo assim colocar minha vida e da minha família em risco, sem contar os prejuízos financeiros na manutenção do carro”, afirma.
O motorista Giovane Silva faz o trajeto Santa Cruz-Santa Maria semanalmente e também reclama das condições da rodovia. “É praticamente suicídio andar na 287, principalmente perto de Candelária, onde a quantidade de buracos é impressionante”, declara. No domingo, ele viajou para Santa Maria e contou à Gazeta sobre a situação. “De noite é ainda pior, por conta da visibilidade. Quando estava indo, vi vários motoristas parados com pneus estourados ou suspensão estragada. Sem contar as obras que demoram muito para terminar”, reitera.
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Concessionária intensifica trabalhos emergenciais
A Concessionária Rota de Santa Maria informou que reconhece a situação da RSC-287 e salientou que, assim como em outros pontos do Estado, a chuva foi um dos fatores que agravaram as condições do asfalto. Além disso, o andamento dos reparos acaba sendo prejudicado pela instabilidade.
“Como é de amplo conhecimento, a rodovia atual possui problemas estruturais históricos, cuja solução definitiva requer intervenções profundas na estrutura de pavimento, o que vem sendo gradativamente executado”, informou por meio de sua assessoria. Segundo a empresa, a etapa de recuperação estrutural do pavimento ocorrerá entre o segundo e quinto ano da concessão. “Esse prazo é necessário por limitações técnicas e operacionais, tendo em vista que as obras são executadas com desvios de tráfego em meia pista, no esquema conhecido como pare e siga, o que traz enormes impactos aos usuários”, diz o comunicado.
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Atualmente a concessão está no segundo ano. “Ou seja, no início da fase de recuperação do pavimento, então a maior parte da pista atual ainda não recebeu as intervenções estruturais da fase de recuperação, o que deixa esses segmentos mais suscetíveis a danos”, completa.
A empresa conta com oito frentes de trabalho ao longo do trecho realizando reparos profundos, fresagem com recomposição, drenagem de pavimento e reparos localizados. Desde ontem, a concessionária está com todas suas equipes executando atividades emergenciais nos pontos que mais sofreram as consequências das chuvas, como as áreas entre Candelária e Agudo.
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