O barulho de granadas chamava atenção no Parque de Eventos na tarde desta quarta-feira, 4. Assustador a quem não está habituado, o estrondo fazia parte de um treinamento do Pelotão de Operações Especiais do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM). A atividade, que começou por volta das 13 horas, preparou os policiais para lidar com o distúrbio civil, ou seja, situações onde há grande concentração de pessoas e que saiam do controle.
Os policiais participaram de uma atividade prática, onde foram utilizadas munições antimotim. Na atividade, usaram três tipos de granadas: de efeito moral, lacrimogêneas e de luz e som, além de lançador AM 637, arma de calibre 12 utilizada a curta, média e longa distância. “São munições de menor letalidade, que são usadas em situações que assim exigem”, explicou o comandante do 23º BPM, tenente-coronel Moresco.
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O treinamento é essencial para que os policiais estejam preparados para situações onde haja confusão envolvendo um grande número de pessoas, caso de brigas em estádios de futebol e manifestações que não sejam pacíficas. “Eles usam este tipo de prática quando precisam dispersar massas e esgotam-se as possibilidades de diálogo”, explicou o capitão da 1ª e 2ª companhias, capitão Rafael Menezes.
Segundo Moresco, não há registro recente de situações deste tipo na região, mas os policiais militares podem ser chamados para dar apoio em outros municípios. “O nosso POE pode ser acionado para ajudar em Porto Alegre, por exemplo, como aconteceu na Copa de 2014.”
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Os policiais participaram ainda de instruções teóricas sobre guerra química e perturbação de sossego. No próximo mês, outra atividade como essa está programada e deve envolver não só o POE de Santa Cruz, mas de 60 a 70 policiais militares também do 2º e 35º BPM.
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