“Vocês vão ter que pagar pelo que fizeram, por nossos ‘cupinchas’ que foram presos”. Esta foi uma de várias mensagens agressivas encaminhadas por supostos integrantes de facção a empresários de Santa Cruz do Sul. Para não causar danos às empresas ou mesmo aos lojistas, os criminosos pedem valores, como uma garantia para manter os estabelecimentos abertos.
Conforme o comandante da 1ª e 2ª companhias e chefe do setor de Inteligência do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), capitão Rafael Carvalho Menezes, os criminosos dizem que perderam dinheiro em recentes prisões de comparsas e apreensões de drogas e armas, efetuadas pelas forças de segurança na cidade, e que precisam de valores. Caso contrário, pessoas ligadas ao crime, que moram próximas dos estabelecimentos, vão causar danos às lojas e a eles.
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Ocorrências de empresários extorquidos por criminosos vêm crescendo no Rio Grande do Sul e causando temor aos lojistas. Em Santa Cruz do Sul, foram três registros somente nesta quarta-feira, 3, sendo dois a barbearias e outro a um salão de beleza. Os casos vêm sendo monitorados de perto pelo Setor de Inteligência do 23º BPM.
“Nos acionem quando forem chamados pelos criminosos”, pede capitão Rafael
Ainda que não se descarte a ligação destes criminosos com líderes de facção, a mais provável hipótese, segundo a Brigada Militar, é que estelionatários estejam usando o nome das organizações criminosas para extorquir e lucrar com o medo implicado aos lojistas. Dois dos telefones que efetuaram as ligações nos três casos ocorridos em Santa Cruz nesta quarta-feira são de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e um é de Cidreira, no Litoral do estado.
“Os celulares desses suspeitos que fizeram o contato estão no nome de pessoas idôneas, sem passagens pela polícia, de fora do município. Felizmente, aqui em Santa Cruz, não tivemos casos de vítimas que depositaram valores, mas estamos fazendo esse alerta para que os empresários fiquem atentos a esse tipo de contato e nos acionem quando forem chamados por esses criminosos”, comentou Menezes.
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