Onze minutos mudaram o destino da seleção brasileira no Mundial sub-17 neste domingo, 17. Com um gol aos 38 e outro aos 47 do segundo tempo, o Brasil virou o jogo contra o México, no Estádio Bezerrão, na cidade-satélite do Gama (DF), e levou o seu quarto título na categoria com o placar de 2 a 1.
Como acontecera diante da França nas semifinais, o time do técnico Guilherme Dalla Déa foi buscar um resultado que parecia perdido e, com gols de Kaio Jorge, em cobrança de pênalti, e o predestinado Lázaro (também autor do gol decisivo sobre a França na semifinal) chegou ao título com sete vitórias em sete jogos.
A taça conquistada no Distrito Federal é a quarta da seleção brasileira, que já havia sido campeã nos anos de 1997, 1999 e 2003, devolvendo a derrota para os mexicanos de 2005, em final perdida no Peru. O maior campeão da história do Mundial sub-17 ainda é a Nigéria, que levou o título em 1985, 1993, 2007, 2013 e 2015.
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Para chegar à decisão, com um nível de rendimento que foi crescendo durante o torneio, a equipe anfitriã venceu ainda a desconfiança geral que havia antes do evento, do qual o Brasil só participou por conta da mudança de última hora da sede. A competição seria realizada no Peru, para a qual o time nacional não havia obtido vaga por intermédio do Sul-Americano da categoria. No fim, com a desistência dos peruanos, acabou competindo como país-sede.
O primeiro tempo do jogo foi quase todo da equipe brasileira, que chegava à decisão com 100% de aproveitamento, com seis vitórias, e produzia ótimas movimentações. Desde a primeira grande chance, aos 13 minutos, com Gabriel Verón perdendo arremate, quase na pequena área, após ótimo cruzamento de Yan.
Com maior posse de bola, os garotos mexicanos eram bem menos incisivos e davam muitos espaços para o trio ofensivo da equipe anfitriã do torneio. Gabriel Verón, Kaio Jorge e João Peglow continuavam abusando da velocidade e toques de bola rápidos e envolventes.
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No momento de maior pressão, Peglow, com passe preciso de Kaio Jorge, que fez linda jogada pela esquerda da entrada da área, mandou chute que explodiu na trave do goleiro Garcia, aos 16 minutos.
Os mexicanos conseguiram conter um pouco mais a velocidade brasileira na parte final da primeira etapa, que terminou com o placar em branco e a sensação de que a equipe dona da casa havia abusado do direito de perder oportunidades de gol.
Na volta do intervalo, os comandados de Guilherme Dalla Déa retomaram o ritmo inicial e quase inauguraram o marcador. Aos 16 minutos, Garcia espalmou chute de longe de longa distância Patrick, e aos 18, Peglow desperdiçou nova chance, mandando chute na rede pelo lado de fora.
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A abertura do placar parecia muito próxima para o Brasil, só que foi o México a movimentar o marcador primeiro, quando o capitão Pizzuto levantou bola na área, aos 20 minutos. O atacante Bryan González subiu, às costas de Patrick, e fez seu primeiro gol no campeonato.
Visivelmente mais nervoso e já com Lázaro, herói da virada na semifinal contra a França, em campo, o time brasileiro partiu para o abafa. Aos 35, em rebote dado pela defesa, um chute de muito longe de Daniel Cabral explodiu no travessão.
Neste mesmo lance, quando a bola parou, o árbitro letão Andris Treimanis foi chamado pelo VAR para analisar um possível pênalti e acabou confirmando a penalidade em carrinho da defesa mexicana sobre Verón. Na cobrança, Kaio Jorge, que atua no Santos, cobrou na lateral direita da rede, tirando de Garcia, que quase espalmou, para empatar a decisão.
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Com a igualdade, a pressão voltou a ser toda brasileira, empurrando o adversário contra sua própria área, tal qual ocorrera diante dos franceses na partida anterior. Nos acréscimos, já aos 47, Yan fez cruzamento preciso que passou por Kaio Jorge, mas não por Lázaro. O meia-atacante do Flamengo bateu, de chapa, para vencer Garcia e fazer a festa do estádio Bezerrão para os novos campeões mundiais da categoria.
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