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Brasil não chegou atrasado nas investigações sobre CBF, diz Cardozo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira, 28, que “em hipótese alguma” o Brasil chegou atrasado na apuração dos crimes, e “o país fará a sua própria investigação” sobre as denúncias de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ficará a cargo da Polícia Federal para apurar se há provas da ocorrência de crimes cometidos por dirigentes esportivos do país que também sejam tipificados na legislação brasileira.

Nesta quarta, 27, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e outros dez dirigentes da Fifa, de diversas nacionalidades, foram presos na Suíça, por suspeitas de corrupção envolvendo a negociação de direitos de transmissão de competições internacionais, como a Copa do Mundo, e, no caso brasileiro, da Copa do Brasil. Cardozo disse que, da parte do Ministério da Justiça, foi aberto um inquérito para apurar os fatos, e que a orientação é que os trabalhos sejam feitos com “absoluta seriedade”. “Vamos buscar coletar todas provas e situações para verificar se realmente há ocorrência de crimes”.

O ministro da Justiça evitou opinar sobre a possibilidade de os brasileiros serem extraditados para os Estados Unidos e disse que não cabe ao governo brasileiro “prejulgar absolutamente nada. Vamos aguardar investigações para que possamos ter opiniões conclusivas a respeito”. Segundo o ministro, o país não está atrasado nas investigações: “O que eu posso afirmar é que, no Brasil, sempre que há indícios de irregularidades e de delitos, nós atuamos, a Polícia Federal tem atuado. E nesse caso, são as situações que ocorreram em país estrangeiro, por força de fatos que obviamente nós estamos sob sigilo em comentá-los. Portanto, o Brasil, ao tomar ciência de irregularidades possíveis, abre inquérito e investiga com rigor, como a PF sempre investiga”.

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Em entrevista na tarde desta quinta, o ministro disse que é “absolutamente legítimo” que o Congresso Nacional crie uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a CBF e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014. Segundo ele, o parlamento é autônomo para tomar suas medidas e “sempre que o Congresso decide, os representantes do povo decidem bem. Portanto vai tomar medida que acha correta”.

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