Mesmo com a melhor participação nas Olimpíadas da história, o Brasil não conseguiu superar a meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). A expectativa era que o país ficasse entre os 10 melhores. Com 19 medalhas, o país finalizou os Jogos em 13º lugar. Se comparada com a Olimpíada anterior, em Londres no ano de 2012, foram mais investimentos e mais medalhas.
Brasil fecha a Olimpíada com sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Em Londres, o total foi de 17, na 22ª posição, com três ouros, cinco pratas e nove medalhas de bronze. Em Rio 2016, o país investiu no esporte, com verbas públicas, R$3,19 bilhões, considerando a estrutura, capacitação de profissionais, logística e salários de esportistas. No ciclo anterior (Pequim 2008, Londres 2012), o investimento foi de quase R$2 bilhões.
Sem atingir a meta, autoridades como a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, comentaram que superar a posição na última Olimpíada – 17 medalhas em Londres, no ano de 2012 – é um motivo de orgulho. Ambos ressaltaram a participação como a melhor nas Olimpíadas.
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País não ficou entre os dez melhores, mas as 19 medalhas fizeram a alegria da torcida
Foto: Rio2016
AVALIAÇÃO
Ainda assim, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fez uma avaliação positiva, na manhã deste domingo, 21, no Rio Média Center (RMC). “O Brasil teve sua melhor participação de todos os tempos em uma Olimpíada,” afirmou Picciani. De acordo com o ministro, foi a maior delegação de todos os tempos.
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“Com 465 atletas, contra 259 em Londres e 277 em Pequim, em 2012 e 2008, respectivamente. Agora, neste último dia de competições, podemos dizer que o Brasil teve no Rio seu melhor desempenho numa Olimpíada, que começou pelo número recorde de nossa delegação, além de sairmos do 23º lugar em Pequim para o 13º no Rio,” diz.
No Twitter, a presidente afastada, Dilma Rousseff, também comentou o desempenho do Brasil nesta Olimpíada. Ela lembrou do Plano Brasil Medalhas 2016, lançado em 2012 pelo governo petista, e afirmou que colaborou para que o país superasse o recorde de medalhas. “Fico feliz por ter participado, desde o início, da construção dessa festa, contribuindo para que o País e nossos atletas estivessem preparados,” afirmou Rousseff.
Mesmo que o objetivo do Programa, de atingir o 10º lugar no ranking de países, não tenha sigo alcançado, Dilma destacou a superação. “O numero de medalhas de ouro do time Brasil nestes Jogos também é o maior já conquistado em Olimpíadas: são 7. Subir da 22ª posição em Londres, para a 13ª, em casa, é motivo de orgulho para o Brasil,” afirmou.
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INCENTIVO
Nos Jogos do Rio 2016, 358 dos 465 dos atletas brasileiros (77%) receberam apoios diretos do governo com o Bolsa Atleta. Para os esportistas, foram estabelecidas quatro tipo de bolsas: nacional (R$ 925 mensais), internacional (R$ 1.850), olímpica (R$ 3.100) e pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil). Cada bolsa é definida de acordo com os resultados dos atletas. Em 2016, está previsto o gasto de R$ 80 milhões para este benefício.
Além deste incentivo, 145 atletas que estiveram nos Jogos também eram apoiados pelo Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, que incorporou esportistas em destaques como 3º sargento temporário nas três forças, com soldo de R$ 3.200 reais. Esses atletas conquistaram 14 medalhas na Rio 2016. Em 2016, o programa tem previsão orçamentária de R$ 43 milhões.
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* Com informações da Agência Brasil