Será a 3.600 metros de altitude que a seleção brasileira tentará estabelecer um recorde na noite desta terça-feira, 29. Se vencer a Bolívia pela última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, o Brasil chegará a 45 pontos e alcançará a maior pontuação de uma equipe desde que o atual sistema foi implementado, na segunda metade da década de 1990. De quebra, um triunfo frente aos bolivianos assegura o título simbólico do qualificatório ao Brasil e ainda deverá devolver a seleção ao topo do ranking da Fifa.
Todos esses números atestam uma campanha quase irrepreensível da seleção na fase classificatória para a Copa do Mundo do Catar, mas o próprio técnico Tite faz questão de minimizar a importância dos números. “Ficar em primeiro no ranking (da Fifa) tem significado, sim. Mas pra mim, particularmente, o importante é ver de novo a equipe jogar muito bem, ter seu futebol representado com qualidade técnica, de posse de bola”, disse o treinador ainda na Granja Comary, em Teresópolis, na última entrevista antes da viagem.
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O treinador ressaltou que o recorde de pontos, apesar de representativo, também tem pouco resultado na prática. “É pelo trabalho, consolidação. O (Marcelo) Bielsa é um cara que eu respeito pra caramba, a Argentina fez uma grande campanha (nas Eliminatórias para a Copa de 2002) e aí ela saiu na primeira fase, num pênalti cometido pelo Heinze”, recordou Tite.
Com 42 pontos, o Brasil tem quatro a mais que os argentinos, e só não assegurou o título simbólico das Eliminatórias porque a Fifa determinou que as duas seleções façam o jogo suspenso do ano passado – a data e o local ainda não foram definidos. No entanto, caso a seleção supere a Bolívia ou a Argentina tropece contra o Equador, no mesmo dia e horário, o duelo não teria influência na classificação final.
Para a partida contra a Bolívia, Tite fará sete mudanças em relação ao time que goleou o Chile na quinta-feira passada, no Maracanã. “Não tem influência (na classificação), mas tem muita influência em termos de estratégia, naquilo que a gente pode retirar de melhor na equipe em cima das adversidades, da altitude, em cima de uma série de resultados que a gente não teve lá historicamente contra a Bolívia”, considerou o técnico.
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Assim, a seleção terá mudanças em quase todos os setores, à exceção do gol. A principal expectativa é pelo desempenho ofensivo, que funcionou bem no último jogo, mas desta vez não contará com Neymar e Vinícius Júnior, que estão suspensos.
O time canarinho vai a campo com Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Éder Militão e Alex Telles; Fabinho, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Antony, Philippe Coutinho e Richarlison.
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