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Saúde

Brasil confirma 98 mortes por febre amarela desde julho

Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira, 7, atualiza em 353 o número de casos confirmados de febre amarela e em 98 os óbitos provocados pela doença entre 1º de julho de 2017 e 6 de fevereiro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos.

De acordo com o boletim, foram notificados em todo o país 1.286 casos suspeitos de febre amarela, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação. “Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano”, informou a pasta.

Rio Grande do Sul

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Nenhuma confirmação da doença foi feita no Rio Grande do Sul no período. Foram realizadas 15 notificações e quatro casos foram descartados. Conforme o levantamento, 11 ainda estão sob investigação.

Ao longo de 2017, foram 42 casos suspeitos. Um deles, inclusive, aconteceu em Candelária, mas o diagnóstico acabou sendo confirmado como hantavirose. A febre amarela silvestre não aparece no Rio Grande do Sul desde 2009, quando houve o último surto. Já em áreas urbanas, a circulação está erradicada desde 1942.

Também não há registro de febre amarela entre os macacos, que são fortes indícios da presença da doença nas regiões próximas. No ano passado, foram coletadas amostras de sangue de 50 animais mortos em áreas silvestres no Estado, no entanto, 45 casos foram negativos para a doença. Os outros cinco seguem em análise. Entre 2009 e 2016, 81 amostras de macacos mortos foram analisadas, mas nenhuma foi confirmada com febre amarela.

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+ Leia mais: Rio Grande do Sul tem dois casos suspeitos de febre amarela

Transmissão

Por meio de nota, o ministério reforçou que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país, mas destacou que o caso da doença identificado em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma equipe da secretaria Estadual de Saúde.

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“Deve ser observado que o paciente mora na região urbana e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão do trabalho é precipitada. É importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela.”

De acordo com o comunicado, a probabilidade da transmissão urbana no Brasil é considerada baixíssima pelos seguintes motivos:

– todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas;

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– em todos os locais onde ocorreram casos humanos também ocorreram casos em macacos;

– todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes aegypti;

– há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela.

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“Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente”, informou a pasta.

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