Os últimos aumentos do preço do gás de cozinha nas refinarias resultaram em altas significativas para o consumidor final. De junho até agora, os reajustes anunciados pela Petrobras acumularam elevação de 48%. Em Santa Cruz do Sul, somente entre setembro e outubro, o valor do botijão disparou da média de R$ 68,00 para R$ 77,00. Embora pese no bolso, a alta aproxima o produto brasileiro das médias do mercado internacional, o que, na prática, significa que as próximas variações podem ser mais sutis.
A avaliação é do presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet. “Esses aumentos expressivos nos últimos quatro meses aconteceram porque o preço do gás ficou congelado por 12 anos, o que gerou uma defasagem em comparação com o gás industrial e colocou o produto muito abaixo do mercado internacional”, explicou.
O congelamento ocorreu de 2003, no início do governo Lula, até setembro de 2015, no governo Dilma, quando teve reajuste de 15%. No ano passado, houve aumento de 1,4%. Enquanto a Petrobras mantinha o preço estagnado, contudo, o valor continuou subindo para o consumidor, já que muitas revendedoras aumentavam a margem de lucro. Conforme Tonet, a nova política de preços permite que a estatal trabalhe com leis de mercado, sem interferência do governo.
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“O preço artificial acabou e agora são seguidos os valores internacionais, o que muda os critérios de definição dos preços. Para evitar a importação, a Petrobras precisa manter o preço baixo, mas também não pode ser baixo demais porque os acionistas precisam ficar satisfeitos. O que vamos ver agora são alterações menos significativas, que podem inclusive ser para menos”, detalhou. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o novo preço do botijão nas refinarias ainda está 6,08% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados no setor de abastecimento e pode gerar novos aumentos.
No levantamento realizado na tarde dessa segunda-feira pela Gazeta do Sul, sete entre nove distribuidoras consultadas haviam adotado a alta de 12,9%, autorizada pela Petrobras desde a última quarta-feira. A média do aumento foi de R$ 3,00. O reajuste anterior, de 6,9%, não foi repassado para o consumidor. Para Tonet, as revendedoras podem ter segurado os preços por questões competitivas.
“O que rege esse mercado é a concorrência. O consumidor tem uma arma na mão que é ligar, ver onde está mais barato e pechinchar. Temos 5.800 revendedoras no Estado, então o cliente pode perguntar, escolher e forçar o desconto. O aumento provavelmente não veio antes por conta da competição das distribuidoras entre si”, comentou.
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Preços atuais
Golden Gás/Ultragás
R$ 77,00 (com entrega) ou R$ 65,00 (retirando no local)
Ponto Gás
R$ 76,00 (com entrega) ou R$ 65,00 (retirando no local)
A distribuidora está com promoção e o gás pode ser adquirido temporariamente por R$ 70,00 com entrega.
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Gás Simon/Supergasbras
R$ 75,00 (com entrega) ou R$ 70,00 (retirando no local)
Dragão/Liquigás
R$ 78,00 (com entrega) ou R$ 65,00 (retirando no local)
Paulo/Liquigás
R$ 75,00 (com entrega) ou R$ 65,00 (retirando no local)
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Iser/Liquigás
R$ 76,00 (com entrega) ou R$ 69,00 (retirando no local)
Topgás/Ultragaz
R$ 77,00 (com entrega e direito a brinde) ou R$ 71,00 (retirando no local)
Moraes/Liquigás
R$ 77,00 (com entrega) ou R$ 67,00 (retirando no local)
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Posto Ipiranga (Senador Pinheiro Machado)
R$ 79,00 (com entrega) ou R$ 70,00 (retirando no local)
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