Cultura e Lazer

Bosque de 200 árvores é primeiro marco do Parque do Imigrante

Após a apresentação do projeto conceitual em julho, o Parque Regional do Imigrante (Immigrantenpark) obteve a sua primeira intervenção. Na manhã desse sábado, 21, o espaço localizado na Granja Municipal, em Linha Santa Cruz, recebeu a plantação de 200 mudas de 25 espécies de árvores nativas e frutíferas. A área que recebeu esse plantio foi denominada de Bosque do Bicentenário, em homenagem aos 200 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul e aos 175 anos em Santa Cruz do Sul.

A ideia inicial, conforme a organização, era o plantio de 175 mil mudas de árvores perto de nascentes e encostas dos rios que sofreram os impactos das enchentes neste ano. No entanto, devido a questões técnicas, a ideia do bosque no Immigrantenpark tornou-se mais viável. O plantio foi realizado por representantes das comissões organizadoras dos 200 anos da imigração alemã no Estado e dos 175 anos no município, além de outras entidades parceiras. 

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A área que recebeu as mudas fica perto de onde será instalado o futuro pórtico do parque. Segundo o presidente da Associação dos Moradores de Linha Santa Cruz (Amorlisc), Ricardo Bringmann, a escolha do ambiente se deu em razão de uma vertente que corre no local e vai ser protegida pelas sombras proporcionadas pelas árvores. Já as mudas remetem aos primeiros imigrantes alemães, que utilizavam a madeira de muitas delas para construção de diversas estruturas.

Durante cerimônia que antecedeu o plantio, o representante da Amorlisc, Rogério Harz, explicou que a arborização do parque já estava prevista. No entanto, ainda não havia planejamento sobre a questão. “Nunca imaginamos que a primeira atração seria o bosque. Vamos fazer dele um marco para novas iniciativas de preservação de árvores nativas”, ressaltou.

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A iniciativa contou com a parceria da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), que cuidou do solo que recebeu a plantação. Adair Pozzebon, representante da Efasc, afirmou que a entidade se sentiu lisonjeada por contribuir para o espaço. Ele declarou ainda que a ideia do bosque é admirável, já que as árvores plantadas remetem aos primeiros imigrantes que habitavam aquele lugar. 

Além de fazer um agradecimento aos envolvidos, o coordenador da comissão dos 175 anos da imigração, Paulo Afonso Trinks, lembrou do surgimento da ideia por meio do grupo da comissão organizadora. Conforme Trinks, a ação se configura como uma posse definitiva da área. “A ideia é que isso cresça para que os que venham depois de nós possam apreciar.”

A ação também contou com o apoio do Rotary Club Santa Cruz Cidade Alta, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Município de Santa Cruz, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Grupo Escoteiro Mclaren e da comissão pró-parque. 

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Foco na busca de recursos

Representando a Unisc, entidade idealizadora do bosque, o professor Ronaldo Wink parabenizou os envolvidos pela implantação das árvores. Ele lembrou da estrutura do parque, que contará com diversos espaços, entre eles um memorial da imigração alemã, vila típica com casas enxaimel, polo gastronômico e demais ambientes. 

Com a cedência da área onde será implantado o parque e o plano diretor, Ricardo Bringmann afirmou à Gazeta do Sul que o próximo passo será a captação de recursos para os futuros atrativos. “Vamos em busca, seja em esfera municipal, estadual ou federal e também na iniciativa pública ou privada.” 

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Um legado que vai ficar para a posteridade

As mudas foram plantadas junto de placas de identificação que têm o nome popular e o científico de cada espécie. Entre elas estão araçá, canela, cereja, erva-mate, ipê, pitanga e outras. Elas também possuem QR codes que darão acesso a um conteúdo ainda a ser elaborado, com informações sobre as plantas. Buscando homenagear os envolvidos na atividade, também serão acrescentados os nomes de quem plantou.

Quem participou da ação e deixou seu legado na construção do Parque do Imigrante foi a família de Luciana Sizinando, de 39 anos. Ela estava acompanhada da filha, Agatha Sizinando Schulz, 6, e do marido, Henrique Schulz, 37, que junto dela plantaram uma cereja. A terapeuta afirmou que decidiu participar para mostrar à filha a importância de contribuir com o ambiente. 

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Ela e o marido, que é líder de projetos, incentivam Agatha também no ambiente familiar. “Em casa trabalhamos a sustentabilidade, é importante para ela ver o processo desde o início”, explicou. A família mora há apenas dois meses em Linha Santa Cruz e foi convidada a participar pela Amorlisc. “Uma ação muito bacana, uma oportunidade para interagir com outras pessoas e incentivar as crianças”, comentou Luciana.

Luciana, Agatha e Henrique plantaram uma árvore da espécie Eugenia involucrata | Foto: Rodrigo Assmann

Integrantes da Comissão Pró-Parque do Imigrante

  • Ricardo Bringmann – Amorlisc
  • Rogério Harz – Amorlisc
  • Beti Hickmann- Amorlisc
  • Lissi Bender – Amorllisc
  • Padre José Renato Back – Comunidade Católica
  • Sandra Christina Rovedder – Rotary Club Santa Cruz Cidade Alta
  • Fernando Rovedder – Rotary Club Santa Cruz Cidade Alta
  • Salete Faber – Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz
  • Djalmar Marquardt – Aturvarp
  • Flávio Augusto Wunderlich – Aturvarp
  • Letícia Wagner – Aturvarp
  • Marcílio Laurindo Drescher – Afubra
  • Benício Albano Werner – Afubra
  • Ricardo Bartz – Assemp
  • Heitor Petry – Sicredi
  • Felipe Siebert – Sicredi
  • Ronaldo Wink – Unisc
  • Décio Hochscheidt – Secretário Municipal de Agricultura
  • Paulo Afonso Trinks – Comissão dos 175 anos da imigração alemã em Santa Cruz do Sul
  • Nidrian Heinrich – Pastora da Paróquia Evangélica Monte Alverne
Comissão apoia a instalação do Parque do Imigrante

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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