Os municípios de Boqueirão do Leão e Passa Sete entraram, nessa quinta-feira, 12, na lista dos que estão em situação de emergência na região em consequência dos problemas com a escassez de chuva. Estimativa da Emater/RS-Ascar, Defesa Civil e Conselho Municipal de Agricultura de Boqueirão do Leão aponta, até este momento, prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões nas safras de tabaco, hortaliças, soja e milho pelos baixos índices pluviométricos dos últimos meses. Os dados ainda poderão sofrer alterações, pois as culturas seguem em fase de desenvolvimento vegetativo.
O prefeito de Boqueirão do Leão, Jocemar Barbon, assinou o decreto de situação de emergência na manhã dessa quinta. A irregularidade de chuvas no período agrava cada vez mais a baixa formação de estoque de água nos principais reservatórios, açudes e nascentes do município. Mais de 150 famílias estão sendo abastecidas com água potável por meio de veículos da Prefeitura e mais de 500 horas-máquina foram realizadas para aberturas de micro-açudes, bebedouros, ampliação de açudes e escavação de poços, entre outros.
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“A decisão de decretar situação de emergência é técnica e tem o objetivo de auxiliar os produtores e trabalhadores rurais a enfrentar as dificuldades. O decreto facilita o acesso a recursos estaduais e federais e possibilita que a Prefeitura realoque verbas e invista em políticas públicas que amenizem os problemas que a estiagem traz”, explica Barbon.
O coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil (Comp-dec), Leandro Peterson, reitera que os efeitos da estiagem não estão restritos à área rural. “Pelo contrário, as consequências reverberam para os moradores da área urbana também. É por isso que, mesmo com o decreto de emergência e com as ações da Defesa Civil, a população precisa nos ajudar utilizando a água de forma racional e consciente’’, salienta Peterson.
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Um mês sem chuva
O prefeito de Passa Sete, Mauricio Ruoso, também assinou nessa quinta-feira o decreto de situação de emergência no município devido à estiagem. Os dados levantados pela Emater apontam que o acumulado de chuva em dezembro foi de apenas 88 milímetros. A última precipitação foi registrada no dia 12 do último mês, com 48 milímetros. O cenário se agrava com as altas temperaturas. A situação é extremamente prejudicial às culturas de verão e, caso não ocorra uma precipitação expressiva nos próximos dias, os prejuízos no município serão irreversíveis.
A Coordenadoria da Defesa Civil registra alta demanda para abertura de fontes drenadas, bebedouros e entrega de água potável. Até o momento, 72 famílias estão sendo abastecidas com o caminhão-pipa. O prefeito Mauricio Ruoso reiterou que a administração municipal, por meio da Secretaria de Obras e Agricultura, está atendendo, na medida do possível, aos pedidos a fim de amenizar os problemas.
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