O recente episódio de morte de peixes no Lago Dourado mobilizou uma equipe do Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul na manhã dessa sexta-feira. O local está fechado ao público desde segunda-feira, segundo a Prefeitura, para realização de reparos na pista, como tapa-buracos e pintura. Entre quinta e sexta houve a retirada dos animais, que se acumulavam nas margens do reservatório. À tarde, o espaço foi reaberto para visitação.
Conforme o capitão Joel Dittberner, dois bombeiros auxiliaram na remoção dos peixes e na segurança de funcionários da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade e da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que também trabalharam no local. Dittberner acrescenta que os bombeiros realizaram a mesma atividade na manhã de quinta-feira.
O secretário de Obras, Gerson Vargas, que respondeu pela ação – pois o titular de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade está em férias – explicou que a Prefeitura se ofereceu para ajudar a Corsan na remoção dos peixes e, por esse motivo, convidou o Corpo de Bombeiros. O objetivo da ação conjunta foi aproveitar o fechamento do complexo e limpar toda a extensão do Lago Dourado. “Só auxiliamos, não temos informações sobre causas. Isso é com a Corsan”, salientou Vargas.
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A Corsan recebeu na última quinta-feira a notificação do Ministério Público (MP), que solicita o fornecimento de informações técnicas a respeito da qualidade da água do Lago Dourado. De acordo com o superintendente regional da empresa, José Epstein, dados já estão sendo coletados e o relatório deve ser encaminhado ao MP nos próximos dias. O prazo é de um mês.
Água estaria própria para o consumo
O gerente local da Corsan, Armin Haupt, afirmou que, até então, os testes diários feitos na água do Lago Dourado, depois da morte dos peixes, não apresentaram nenhuma anormalidade. Portanto, deduz-se que o óbito em massa dos animais não teria afetado a potabilidade, tampouco seria resultado de contaminação. Segundo Haupt, a causa do problema seria a falta de oxigenação na água. “O pico de mortes foi no último fim de semana. Durante a semana foi se reduzindo gradualmente.”
Ao longo da última semana, a Corsan realizou um monitoramento diário da presença de peixes mortos nas margens do Lago Dourado. O lugar onde mais houve acúmulo de animais foi ao lado esquerdo de quem entra no complexo. Conforme o gerente local, ali é mais raso. Além disso, foram realizadas as análises de rotina, para testar os níveis de oxigênio, presença de algas, etc.
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Na terça-feira, foi realizada uma coleta da água próxima de uma grande quantidade de peixes mortos. A amostra foi encaminhada para a central de análise da Corsan, em Porto Alegre. O resultado deve ficar pronto em até duas semanas, informando se houve algum tipo de contaminação. “Nas últimas análises mais detalhadas, tudo estava dentro da normalidade”, frisou Haupt.