Com a aproximação da primavera, que no calendário chega no próximo dia 22, os casos de enxames de abelhas em zonas urbanas ficam cada vez mais comuns. Segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul, nos últimos dias tem aumentado o número de chamadas para atendimento de ocorrências em que abelhas se instalam em lugares incomuns, como nas árvores das ruas em frente a residências, nos pátios e telhados das casas ou em outros espaços públicos.
Muitas vezes, a presença dos insetos, que são fundamentais para o meio ambiente, acaba assustando quem passa perto dos enxames. Contudo, a orientação dos profissionais que lidam com o assunto é unânime: diante de um ninho de abelhas, é preciso se afastar e procurar por auxílio de quem está acostumado a lidar com este tipo de situação.
Segundo o sargento João Antônio Cides, dos bombeiros de Santa Cruz do Sul, não é preciso ter medo da situação, por mais que pareça assustadora. “É meio apavorante, as pessoas se assustam muito. Mas as abelhas, por si, não são nocivas. O que é perigoso é a colmeia delas, quando estabelecida. A gente orienta que se ligue para os bombeiros. Se for em via pública a gente faz o isolamento do local e chama um apicultor.” O sargento dos bombeiros avisa ainda que, caso não sejam provocados, os insetos raramente irão atacar as pessoas.
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Na tarde da última quarta-feira, o apicultor Lauro Konzen foi chamado para retirar um enxame de abelhas junto ao campo de futebol do Bairro Bom Jesus. Os animais se instalaram na borda do pavilhão, onde ficam o bar e os banheiros, e chamaram a atenção de quem passava pelo local. Por volta das 16 horas, Konzen foi até o local para retirar o enxame.
Para ele, a situação é normal. Konzen relata que nesta época do ano as abelhas estão em trânsito, mudando suas colmeias, por isso, podem aparecer nos espaços urbanos. Nos últimos meses, foram muitos os casos em que o produtor, que faz parte da Associação dos Apicultores de Santa Cruz do Sul, teve de auxiliar na retirada das abelhas. “Essa semana já capturei sete (colmeias). Quando a primavera chega elas começam a movimentar o enxame. Normalmente começa em agosto e vai até fim de outubro. Depois, em abril, começa novamente”.
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O apicultor ressalta a importância de não matar ou tentar retirar as abelhas do local. Os insetos são fundamentais para o equilíbrio do meio ambiente, sendo relacionados à sobrevivência de um número enorme de plantas e árvores. “O dia em que não tiver mais abelhas, não vamos ter mais frutas. O pessoal precisa se conscientizar e não matar as abelhas. Tem que ligar para as autoridades, a Guarda Municipal tem o contato de apicultores que podem fazer a retirada desses enxames”, aponta Konzen.
Após a remoção, as abelhas são realocadas em uma colmeia, e podem inclusive voltar a produzir, como foi o caso das coletadas no Bom Jesus na quarta-feira, que em breve estarão fazendo mel. “Se o pessoal se conscientizar e não matar as abelhas, ficaremos bem. Mas se começarmos a matá-las, nossos netos não terão frutas para comer.”
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