Pressionado pelo cenário de inflação alta, crise sanitária e piora nas projeções econômicas de 2022, o presidente Jair Bolsonaro disse no sábado, 28, que o Brasil é uma das cinco nações que menos sofreram efeitos econômicos por causa da pandemia de Covid-19, apesar de o País enfrentar problemas como a grave crise hídrica – a pior nos últimos 91 anos – e geadas nas lavouras. Segundo ele, esse desempenho econômico deve-se ao trabalho de seu governo. Bolsonaro também destacou o papel do Congresso Nacional e afirmou que Executivo e Legislativo “trabalham em harmonia”.
“Sabemos do sofrimento que o povo está passando, porque como consequência daquela política do ‘fique em casa’, ‘a economia a gente vê depois’, chegou a conta para pagar”, disse ao participar de culto alusivo ao 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos em Goiânia (GO). “Enfrentamos uma das maiores crises hidrológicas da história do Brasil, tivemos uma geada. Problemas nós temos, mas o Brasil é um dos cinco países que menos sofreram no tocante da economia, graças ao trabalho do nosso governo”, afirmou.
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A declaração do presidente ocorre no momento em que, pressionada pelo aumento da conta de luz, a inflação em 12 meses chegou à marca de dois dígitos em quatro capitais do País na prévia de agosto. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na quarta-feira, 25, mostram que, na média nacional, o IPCA-15 foi de 9,30% em 12 meses até agosto, maior taxa desde maio de 2016.
Em discurso após o culto, o presidente disse que se “o campo tivesse parado, as consequências seriam para o Brasil e para o mundo”. Ele afirmou que a crise hídrica que o País enfrenta irá afetar a agricultura, além de prejudicar a geração de energia elétrica.
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“Esses problemas afetam nossa economia. Mas nada se compara ao que aconteceu no ano passado. Os problemas realmente foram quase trágicos, não foram catastróficos se não fosse a atuação do governo federal, juntamente com a Câmara e o Senado”, afirmou depois do encontro com lideranças evangélicas do Estado de Goiás.
Segundo ele, as medidas adotadas pelo Executivo e Legislativo fizeram com que 2020 terminasse com “mais pessoas empregadas com carteira assinada do que terminamos 2019.” E complementou: “Costumo dizer que não somos Três Poderes, somos dois. O Executivo e o Legislativo trabalham em harmonia, como vem trabalhando em harmonia”, disse.
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