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Boca Juniors e River Plate começam decisão da Libertadores com empate

A decisão da final da Copa Libertadores 2018 no superclássico entre Boca Júniors e River Plate foi novamente adiada. Mas dessa vez, não pela chuva torrencial que transferiu a primeira partida do sábado para este domingo, 11. O empate não deixou nenhum dos gigantes argentinos mais perto da taça.

Antes da partida, disputada com torcida única, todos os presentes na Bombonera – incluindo os jogadores e equipe técnica do River – aplaudiram durante todo o minuto que deveria ser de silêncio em homenagem a um grupo de jovens torcedores que morreu em um acidente a caminho do jogo.

O jogo começou com as duas equipes jogando de forma acelerada: o River com seu meio campo avançando rápido com a bola nos pés, o Boca apostando em lançamentos mais agudos. A gana de conseguir a vantagem no primeiro jogo também ficou clara na quantidade de faltas nos primeiros minutos.

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Antes do primeiro minuto, o Boca já tinha cobrado dois escanteios. E já tinha reclamado de um toque irregular dentro da área. Aos 4 minutos, Pitty Martinez intercepta um passe no meio campo e puxa o contra-ataque. Derrubado no cantinho da grande área do Boca, a cobrança do próprio Martinez exigiu boa defesa do goleiro Rossi. Ao 15, Rossi fez mais uma ótima defesa depois de cabeçada de Borré dentro da pequena área.

Na metade do primeiro tempo, Pavón sentiu lesão, mas seguiu em campo por mais alguns minutos. Depois de uma boa finalização em direção ao gol, o jovem caiu e socou o chão, desesperado por deixar a final. O ponta esquerda acabou substituído pelo centroavante Benedetto, que vinha sendo decisivo nas fases eliminatórias da Libertadores.

Aos 34 minutos, Ábila faz a Bombonera vir abaixo. Depois de receber no canto esquerdo da grande área, em uma jogada bem invertida pelo uruguaio Nandez, o atacante do Boca chutou duas vezes na direção do gol. Na primeira, Armani espalmou. Ábila disputou com a zaga do River e, na segunda tentativa, mandou pra rede.

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Mas os boquenses ainda comemoravam, quando no recomeço da partida, Pratto venceu a zaga dos xeneizes e bateu cruzado, sem chance para Rossi. Uma jogada que durou oito segundos. Depois de ficar no banco nas semifinais contra o Grêmio, a contratação mais cara da história do River fazia valer o investimento.

O jogo que tinha ficado mais cadenciado, voltou a se acelerar. Em uma sobra de bola na direita, Borré cruzou e o River exigiu mais uma grande defesa de Rossi. Minutos depois, o Boca reclamou uma falta não marcada, parou e Borré ficou cara a cara com goleiro, mas chutou pra fora. Mas o gol no fim do primeiro tempo incendiou novamente a Bombonera. Benedetto, no meio da zaga do River, usou o topo da cabeça para encobrir Armani depois de um cruzamento feito por Villa em cobrança de falta da intermediária.

 

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Empate

Na volta do segundo tempo, o jogo parecia mais truncado. O River não conseguia acelerar a troca de passes e o Boca não conseguia mais emendar suas jogadas agudas, como no início da primeira etapa. Aos 12, o River tentou uma mudança: saiu Lucas Martinez por Ignacio Fernández, mudando o esquema com 3 zagueiros que não estava funcionando bem.

No minuto seguinte, o River cobra uma falta praticamente no mesmo lugar de onde saiu o gol da vantagem do Boca. Izquierdoz, tentando anular Lucas Pratto dentro da área, acaba usando errado a cabeça e marca contra. Com a partida empatada mais uma vez, os dois times diminuíram a intensidade da partida. Em parte pelo cansaço, em parte pelo ajuste do esquema do River, equilibrando um pouco mais o jogo no meio campo.

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A aposta de Schelotto, técnico do Boca Juniors, para botar seu time novamente em vantagem foi na história: Carlito Tévez entrou em campo e conseguiu participar de boas jogadas, colocando os xeneizes mais perto da grande área do River. Aos 44, ele recebeu a bola de frente para a área do River, puxou a marcação e deixou Benedetto livre, a dois passos da linha da pequena área, só com Armani a sua frente. Mas desta vez o jogador decisivo não decidiu. Chutou em cima do goleiro, que desviou a bola para escanteio.

O 2 a 2 no placar não dá vantagem a ninguém na segunda partida da final da Libertadores, a ser disputada no dia 24, um sábado. Diferente do que acontece nas outras etapas eliminatórias, a decisão do campeão não tem gol qualificado. A pequena vantagem do River talvez seja contar com a torcida única no Monumental de Nuñez contra um Boca que ficou duas vezes em vantagem no primeiro jogo.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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