No dia 30 de junho de 1954, Arthur Kothe e Zeli Roos uniram-se em matrimônio. Decorridos 63 anos, o casal está feliz e com boas lembranças da vida e de uma Santa Cruz bem diferente do que é hoje.
Zeli nasceu em Candelária e veio com a família para Santa Cruz quando tinha 16 anos. Em um baile no tradicional Salão Kothe (casarão antigo em frente ao campo do FC Santa Cruz), ela conheceu Arthur, funcionário da Máquinas Kothe e residente quase ao lado da bailanta.
Depois de um período de namoro e noivado, foi marcado o casamento. A cerimônia civil ocorreu sábado de manhã, na Câmara de Vereadores (segundo piso da Prefeitura), pois o Fórum estava em reforma. O juiz de paz foi Felipe Becker.
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O religioso foi na Catedral. Após, os convidados deslocaram-se à Sociedade de Atiradores (Schützenhalle), que ficava onde hoje é o Colégio Mauá. Lá houve jantar e baile animado por bandinha. Os músicos Kothe (Orquestra Jatibá), parentes do noivo, também deram uma “palhinha”.
A noiva, que era modista e costureira, usou o vestido que ela mesma desenhou. O bolo artístico dos noivos, que recebeu
muitos elogios, também foi produzido por Zeli.
Ela recorda que a lua de mel foi em Porto Alegre. O casal viajou de carro-motor até a Capital. O retorno a Santa Cruz foi de trem.
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Arthur e Zeli Kothe têm, respectivamente, 87 e 85 anos. Possuem um filho (Fernando) e dois netos. Eles contam que Santa Cruz e a sociedade em geral mudaram muito nos últimos anos. Ela diz que sente saudade do romantismo e da cidade pequena, onde todos se conheciam.
Os principais programas dos casais eram os filmes no Apolo (e, depois, no Victória), os bailes, as quermesses e um
bom sorvete no Quiosque, mas sempre acompanhados (o chá de pera). As ruas eram tranquilas e quase não havia automóveis. Quem tinha pressa, chamava um carro de praça, conduzido por um chauffer de quepe, terno e gravata.
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