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“BM busca esclarecimento dos fatos narrados por advogado”

O major da Brigada Militar, responsável pelo Inquérito que apura um suposto caso de abuso de autoridade cometido por policiais militares da 5ª Cia de Sobradinho, Cristiano Cuozzo Marconato, apontou, em entrevista à Rádio Gazeta FM, que a corporação busca rapidez e agilidade na conclusão do processo. Desde o momento em que os fatos foram narrados, explica Marconato, já teve início o processo de apuração do caso, com a realização de depoimentos da vítima e dos acusados, ente outras diligências. A BM tem até 40 dias, prorrogável por mais 20 dias, para a conclusão do documento.

Segundo Marconato, na noite de 8 de maio, quando o caso teria ocorrido, o advogado Rodrigo Trevisan teria sido abordado em um local ermo, bastante escuro, e a forma como reagiu ao interpelamento teria motivado a suspeita por parte dos policiais. “Em algum momento, durante essa busca veicular, houve resistência e desacato e ele foi conduzido ao quartel da BM. Lá ele alega ter sido agredido e, em seguida, foi levado ao Hospital São João Evangelista para a confecção de um laudo. Neste laudo consta uma lesão no lábio e algumas marcas de vermelhidão nos pulsos das algemas. Isso é o que temos de concreto”, destaca. “O relato, portanto, com todos os elementos apontados pelo advogado, está sendo devidamente apurado”, comenta. Marconato afirma que estão sendo esgotadas todas as possíveis hipóteses investigativas. “Temos de deixar bem claro que não há nenhuma prerrogativa do advogado não ser abordado por policiais. Ele foi detido por um crime de natureza comum, não no exercício de sua função. Num primeiro momento, ele sequer apresentou a Carteira da OAB, só se dizia advogado. Os policiais não o conheciam pessoalmente. Não existe uma imunidade à abordagem policial por parte da classe profissional”, explica. “Temos uma relação muito boa com a OAB, em nome da presidente Ângela Wietzke, quero deixar meus cumprimentos a toda classe jurídica de Sobradinho e região. Nossos profissionais são bem preparados e treinados, e em nenhum momento houve crime no fato de eles terem abordado o advogado”, diz ele que detalha: “Os policiais não adotaram qualquer postura de esconder as circunstâncias do fato. A ocorrência foi realizada e ele foi levado para um exame pelos PMs”, afirma.

 

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Investigação detalhada

Conforme o major, os três policiais militares continuam trabalhando normalmente. “Este fato tomou uma proporção enorme, e por si só não fará com que os profissionais sejam afastados. Esse tipo de relato ocorre frequentemente nos municípios que atendemos, pois as vítimas às vezes entendem que houve um excesso por parte dos policiais e acabam denunciando. Estamos apurando inúmeros inquéritos. Trabalhamos em prol da sociedade, e estamos sujeitos a denúncias no exercício diário da função”, comenta. “Nossa corregedoria regional é uma instância forte. Todo fato que chega a nosso conhecimento é devidamente investigado com clareza, transparência e com justiça. Então, deixamos claro à comunidade que todos podem ter acesso à documentação. Trabalhamos para o bem-estar dos municípios. Temos o maior respeito com todas as pessoas e classes profissionais”, salienta Marconato.

 

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