Bloqueios não foram mais registrados na região

Após uma mobilização que teve início ainda na noite do domingo passado e resultou em bloqueios de rodovias em diferentes pontos do Vale do Rio Pardo, nessa quinta-feira, 4, a situação estava normalizada. Os movimentos organizados por motoristas de caminhão ganharam força após a divulgação do resultado das eleições presidenciais.

Na região, além de Santa Cruz do Sul, a RSC-287 registrou interrupções em Venâncio Aires. Outros pontos que ficaram com o trânsito fechado de forma parcial foram a BR-471 em direção a Rio Pardo – onde inclusive houve queima de pneus – e a BR-290, em Pantano Grande.

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O último ponto de interdição de que se teve registro era o de Venâncio Aires, que começou a ganhar força na noite de quarta-feira e foi dispersado ao longo do dia de ontem. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), a RSC-287 foi bloqueada momentaneamente, mas assim que a viatura chegou ao local, os manifestantes liberaram a via. Na segunda-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, instalou um gabinete de crise para gerenciar a situação dos protestos com obstrução de estradas estaduais e federais.

Nesta quinta-feira, 3, a informação repassada à imprensa, por volta das 20 horas, era de que não havia mais pontos de bloqueio ou interdição parcial em estradas no Estado. A notícia foi dada pelas forças de segurança durante reunião do gabinete de crise.

O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Marcelo Dornelles, destacou as articulações. “Nossa intenção era buscar uma forma de atuação conjunta, com medidas de enfrentamento interinstitucionais, que se materializaram neste Gabinete, mostrando-se bastante acertadas”, disse.

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Em Santa Cruz

A mobilização de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em frente ao 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) em Santa Cruz do Sul prosseguiu nessa quinta. O ato começou a ganhar forma na terça-feira e no dia seguinte, feriado de Finados, reuniu uma multidão no trecho da Rua Marechal Floriano em frente à unidade militar. Com cartazes, os participantes pediram pela intervenção federal e que o Exército fizesse uma espécie de auditoria no resultado das eleições presidenciais. A grande concentração de pessoas chegou a deixar o trânsito interrompido.

Nesta quinta-feira, 3, o número de participantes foi menor, mas a concentração se estendeu ao longo do dia. No fim da tarde, a quantidade de participantes voltou a aumentar, mas não houve necessidade de bloqueio na passagem de veículos.

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No Brasil

Nesta quinta-feira, 3, manifestantes continuaram ocupando rodovias em pelo menos sete estados brasileiros. Embora a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenha conseguido liberar o trânsito em 876 localidades, ainda restavam 73 pontos de interdição parcial ou bloqueio integral em trechos de vias federais que cortam o Brasil.

Como em Santa Catarina, onde manifestantes seguiam impedindo ou limitando a circulação de veículos em pelo menos 27 trechos de rodovias federais. Até a manhã de ontem, o estado vizinho registrava o maior número de ocorrências: havia 16 interdições (fluxo parcialmente impedido) e 13 bloqueios (fluxo totalmente impedido). Conforme os balanços mais recentes, também havia registro de ocorrências no Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Rondônia.

Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo pedindo aos manifestantes que desobstruíssem as estradas. Bolsonaro destacou que “é preciso respeitar o direito de ir e vir das pessoas” e que os protestos em rodovias prejudicam a economia do País. “Desobstruam as rodovias, isso não faz parte das manifestações legítimas”, declarou. No momento em que o vídeo foi divulgado, havia estradas interditadas em ao menos 16 estados.

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