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Black Friday sem fraude

Na próxima sexta, 29, acontece a Black Friday deste ano. Contudo, desde o início do mês, os consumidores já encontram promoções e descontos em muitas lojas e sites da internet. Junto com a temporada de compras, a Black Friday também se torna um período de maior vulnerabilidade para consumidores e empresas.

Um estudo da Branddi – plataforma que combate o uso indevido de marcas, práticas de concorrência desleal e fraudes digitais – revelou que, durante o “esquenta promoções”, golpes digitais já estão três vezes maiores do que no mesmo período do ano passado.

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Somente nas semanas que antecederam o mês de novembro, mais de 1 mil sites fraudulentos, imitando marcas como Nike, Amazon e Mercado Livre foram identificados. Além de prejudicar os consumidores, a imitação de marcas famosas impacta desde a reputação das empresas envolvidas até os prejuízos financeiros e a sobrecarga no atendimento, sem contar que a confiança no ambiente digital também sofre abalos, o que pode ter efeitos em longo prazo no mercado.

De acordo com o levantamento da Branddi, os golpes incluem sites falsos e anúncios enganosos, focando, principalmente, empresas de moda (30,2%), e-commerce (25,1%) e suplementos (14,3%). Entre os métodos utilizados pelos golpistas estão:

  • criação de domínios falsos, semelhantes ao nome da marca, com menções de “promo”, “black friday”;
  • anúncios pagos em plataformas, que aparecem nos primeiros resultados de busca, competindo    com anúncios legítimos;
  • imitação visual detalhada: replicam o layout e elementos gráficos dos sites oficiais;
  • utilização de deepfakes em anúncios de vídeo: com IA, fazem vídeos com influenciadores e embaixadores da marca, parecendo anúncios verdadeiros;
  • oferta com preços irresistíveis, com incentivo do pagamento via Pix;
  • captura de informações, dados de cartões de crédito e informações pessoais que podem ser usadas em fraudes futuras;
  • perfis falsos em redes sociais simulam a comunicação da marca e disseminam anúncios patrocinados com promoções falsas.

Infelizmente, a Black Friday também é um período propício para a ação de golpistas que se aproveitam do movimento maior para enganar consumidores. Especialistas sugerem uma série de precauções para identificar lojas confiáveis e evitar cair em golpes. Antes de realizar uma compra, consultar plataformas como Reclame Aqui e órgãos de defesa do consumidor como o Procon pode prevenir eventuais complicações. É válido conferir se o site possui dados de contato e endereço físico disponíveis, e confirmar se o domínio é legítimo.

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Durante a Black Friday valem também uma série de direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) para o consumidor. Um dos principais direitos é o de obter informações claras e precisas sobre produtos e serviços.

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Outro é o direito de arrependimento, válido para compras realizadas fora de estabelecimentos físicos, e que permite ao consumidor devolver o produto em até sete dias após o recebimento, por qualquer motivo. Mesmo itens em promoção ou de mostruário adquiridos na Black Friday não perdem os seus direitos legais de garantia, dentro dos prazos previstos em lei: para bens duráveis, a garantia é de 90 dias; para bens não duráveis, o prazo é de 30 dias.

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Se surgir algum problema com uma compra, a primeira tentativa deve ser sempre resolver a questão diretamente com o fornecedor, registrando todos os contatos e provas. Se a resposta não for satisfatória, o consumidor pode recorrer à plataforma de resolução de conflitos, como o Reclame Aqui ou a Consumidor.gov.br e, ainda, em escritório do Procon.

Consumidores vão viver a expectativa para realizar sonhos e aproveitar ofertas, o que pode gerar ou confirmar hábitos nocivos, como o desenvolvimento da compulsão por compras. De acordo com Renata Tavolaro, head de psicologia da OrienteMe, “pessoas com transtorno compulsivo por compras são inibidas da sensação de prazer, fazendo com que uma compra necessária não seja o suficiente. Ela sempre precisará de mais, mas nunca estará satisfeita. É totalmente o contrário da sensação prazerosa de comprar itens que preencham  desejos ou sonhos de serem conquistados. Para o compulsivo, não há limite. Por isso, a compulsão é tratada como um distúrbio, podendo causar desconforto psicológico, inquietação e sintomas graves de depressão”. Como diz a mentora financeira Silvia Machado, “90% de desconto em algo que não se precisa é caro”. 

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