Uma das iniciativas para tornar mais atrativo o uso do transporte coletivo urbano em Santa Cruz do Sul, o bilhete integrado deve estar em pleno funcionamento no prazo de até 30 dias. A informação é do secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Valmir José dos Reis. Ele reforça a importância de que mais pessoas passem a utilizar os ônibus, para que o Consórcio TCS consiga manter o equilíbrio econômico-financeiro, tornando dispensáveis os eventuais subsídios com verba pública.
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Por meio desse sistema, os usuários poderão acessar mais de um trajeto pagando apenas uma passagem, desde que o entreviagens não supere o tempo máximo definido em regramento, que são 70 minutos. O gerente administrativo da empresa, Zaqueu Forgiarini, conta que está em fase de parametrização e confirma o prazo apresentado pelo secretário Reis. “Os novos equipamentos já estão instalados em quase toda a frota”, reforça.
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Além do bilhete integrado, outra iniciativa que deve entrar em operação é o aplicativo para celular, que permitirá controlar onde está o veículo que faz a linha desejada. “O cidadão poderá acompanhar como faz com Uber, vendo quanto tempo o ônibus levará para chegar até o seu ponto”, explica o secretário Reis, que reforça a questão da segurança. Serão instaladas câmeras com reprodução do conteúdo diretamente na sala de observação da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana.
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As ações fazem parte de um bloco de medidas do poder público em parceria com o Consórcio TCS para atender às necessidades da população e apontamentos do Ministério Público. Também objetivam garantir o suporte financeiro, entre outros motivos, para que o valor da passagem continue em patamares reduzidos, em comparação com os demais municípios. Reis cita que há três anos não há aumento das passagens em Santa Cruz, com a manutenção do valor de R$ 4,45 desde fevereiro de 2020.
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O assunto motivou comentários dos vereadores, que aprovaram o repasse embutido no projeto de abertura de crédito. “Entendo que o subsídio poderia estar em um projeto único, permitindo maior debate. Não podemos seguir a vida inteira com o subsídio”, diz Rodrigo Rabuske (PTB). Leonel Garibaldi (Novo) acrescentou que, se o mecanismo estivesse em projeto isolado, votaria de forma contrária.
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As medidas resultam de um estudo realizado pela Fundatec, que foi contratada pela Prefeitura para tornar a operação sustentável, sem que isso represente uma escalada no valor da tarifa. Em seu pronunciamento na sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, o líder do governo, Henrique Hermany (PP), alertou que, sem o suporte financeiro do Município e as mudanças, a passagem seria superior a R$ 10,00. “Em matéria publicada na Gazeta em 2020, a Agerst adiantou que se não fosse tomada atitude, o valor seria R$ 8,00. Mantendo o aumento anual, agora estaria superior a R$ 10,00, mas conseguimos congelar em R$ 4,45. Nenhum outro município conseguiu isso”, afirma.
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Ele respondeu, dessa forma, ao questionamento de vereadores da oposição, que trataram sobre o artigo 6º do projeto de lei 056/2023. A matéria abre crédito superior a R$ 5 milhões, sendo R$ 500 mil destinados a subsídio para o transporte público coletivo urbano, tendo como fonte o superávit financeiro de 2022. O valor faz parte do acordo entre o Município e o Consórcio TCS para o repasse de R$ 4 milhões em 24 parcelas para possibilitar o reequilíbrio financeiro da empresa. “É uma forma de compensação pelas perdas decorrentes da pandemia e mudanças que aconteceram com o passar dos anos, como a redução dos ônibus em atividade, baixando de 63 para 36”, justifica Valmir José dos Reis.
O secretário aponta que, antes do período pandêmico, o número de usuários superava 400 mil mensalmente, descendo a 90 mil na época de maior gravidade sanitária. Atualmente, acredita-se que esteja superando os 220 mil transportados. “Diante de tudo isso, de acordo com o cálculo oficial, o valor seria superior a R$ 10 milhões, mas a Prefeitura conseguiu fechar acordo em R$ 4 milhões, com parcelas de R$ 166 mil”, conta. Além disso, o Município custeou as isenções e meias-passagens, representando R$ 150 mil por mês. Isso é somado ao repasse, durante período definido, de parcelas em forma de subsídio durante a pandemia.
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O município passará a contar com um terminal de baldeação. A localização ainda não está definida, mas a ideia é que fique na região central como um ponto de convergência de todas as rotas do sistema. Quem precisa pegar mais de uma linha para chegar ao seu destino descerá nesse terminal e ali mesmo embarcará no outro ônibus. Hoje, quem faz mais de uma viagem paga a passagem todas as vezes em que embarca. Com o novo sistema, a segunda passagem será gratuita, desde que o embarque ocorra dentro de um limite de tempo. O registro do tempo será eletrônico, por meio da leitura dos cartões dos usuários.
Além do bilhete integrado, fazem parte das medidas de melhoramento do transporte coletivo a redução de veículos, linhas e cobradores; a ampliação de horários; a substituição gradativa de ônibus atuais por veículos menores em linhas com menos passageiros e o estudo sobre tarifa flexível, para que seja mais barata em horários de entrepico.
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