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GOLPE

Bibliotecário tem documento clonado por estelionatário

Foto: Cristiano Silva

Teves mostra cópia de identidade falsa

Funcionário público há 20 anos, Jair Teves Souza vive um drama ao longo dos últimos dias. Conhecido bibliotecário da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, o servidor teve um documento seu clonado por um criminoso, que tentou se passar por ele para abrir crediário em uma loja do Centro. Com uma carteira de identidade contendo dados de Teves, mas com sua própria foto, o estelionatário foi até o estabelecimento da Rua Marechal Floriano para realizar o procedimento.

“Nos demos conta quando eu recebi uma ligação da loja me questionando se o meu marido estava fazendo uma compra lá. Achei estranho e avisei que não, e logo passei para ele atender. Quando ele assumiu a ligação, a funcionária ficou sabendo que o homem que havia ido à loja não era o Jair Teves, e sim alguém tentando abrir uma conta no nome dele”, contou a escritora Valquíria Ayres Garcia, esposa do bibliotecário.

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Identidade tem erros de digitação no nome do pai e da cidade natal da vítima

Logo após a ligação, Teves, 51 anos, procurou informar todos os órgãos competentes a respeito do golpe. “No mesmo dia, fiz o registro da ocorrência na Polícia Civil e na manhã seguinte fui na CDL e no Sindilojas fazer a comunicação de que estão tentando usar meu nome de forma indevida para realizar compras”, disse a vítima.

O casal suspeita que a desconfiança em relação ao golpista tenha surgido a partir de pequenos erros que ele deixou no documento. Embora a cópia seja bem feita, com papel-moeda original de documento, plastificação e dados corretos, como o nome completo, data de nascimento, RG e CPF de Teves, havia erros de digitação no nome do pai e da cidade natal da vítima. O ano de expedição do documento e a assinatura também não eram os corretos. Um contracheque também foi apresentado pelo estelionatário à loja. Este, por sua vez, estava com muitos erros.

“O cargo e a remuneração não condiziam com meus dados corretos, e a cópia falsificada é completamente diferente do padrão utilizado atualmente pela Prefeitura”, disse Teves. Ele afirma jamais ter visto o indivíduo que tentou usar sua identidade para abrir um crediário no comércio. “Não sei quem é. Não lembro de tê-lo visto alguma vez na minha vida.”

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Contracheque falso apresentado pelo golpista

Análise de crédito foi feita em outro município
O estelionatário não foi detido na loja. A conferência dos dados foi feita em um momento posterior pelo setor de análise de crédito da empresa em outro município, onde a fraude foi constatada. A suspeita é de que o golpista não esteja mais com a mesma aparência.

“Minha preocupação é que comecem a chegar contas de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo ou de outros locais. Estou fazendo tudo que estava na minha alçada para mostrar que estou sendo vítima de um golpe”, ressaltou Jair Teves.

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O caso foi registrado no mesmo dia do fato na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul. Responsável pelo órgão durante as férias da delegada Raquel Schneider, Paulo César Schirrmann afirmou que se trata de estelionato. Ele, que responde ainda pela DP de Vera Cruz, relembrou a quantidade de golpes que vêm sendo aplicados nos dois municípios onde atua, embora as características do crime sofrido pelo bibliotecário não sejam tão comuns.

“De estelionato temos uma avalanche de casos, todos os dias, dos mais variados tipos. Vão desde o velho conto do bilhete e passam pelo falso sequestro, falso depósito e incontáveis outros no mundo virtual, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens. Esse golpe de forma física, em que o estelionatário vai de forma presencial até um estabelecimento, mostra a cara e tenta obter lucro usando o nome de uma outra pessoa, entretanto, não tem sido tão comum”, salientou o delegado Schirrmann. O caso agora vai ser investigado pela Polícia Civil.

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