“Mulher-montanha“, acrílica sobre tela, de Emília Mandaji
O que para você simboliza o afeto? Esse é um questionamento que norteia a exposição “Afetos: a Arte como Percepção do Amor”. A mostra coletiva, desenvolvida por alunos do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), sob curadoria da santa-cruzense Paula Sophia Rosa, estará disponível para apreciação na Biblioteca da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) a partir desta segunda-feira, 6, e vai até 25 deste mês. Poderá ser conferida de segunda a sexta, das 7h40 às 22h30, e aos sábados, das 9 às 13 horas.
Conforme Paula, a mostra tenta traduzir e sensibilizar, por meio da arte, a simbologia do afeto. Explica que em tempos em que a afetividade se vê barrada por telas de computadores e telefones celulares, a exposição reflete sobre a importância do contato e do carinho. Serão 13 artistas participantes, com 11 quadros, uma cerâmica e um varal de fotografias. Entre as técnicas estão aquarela e bordado sobre fotografia, guache aguada sobre papel, acrílica sobre tela, foto-ilustração, desenho digital, cerâmica, fotografia, poema visual e outras.
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Paula conta que o tema surgiu em conversa com a artista Lenora Rosenfield, ex-professora de Artes Visuais da Ufrgs. “Os professores nos motivam a fazer mostras e organizar eventos. Penso que a arte funciona como ferramenta de empatia. Colocar-se no lugar do outro. Acredito no caráter transformador da educação.”
A mostra tem o apoio do Núcleo de Arte e Cultura da Unisc. A curadora, que terá uma de suas obras expostas, revela que ficou muito feliz quando soube que o local da exposição seria a biblioteca. “Minha mãe foi estudante de Psicologia e lembro de visitá-la na biblioteca e me sentir acolhida por aquela imensidão de possibilidades que são os livros e a literatura”, salienta.
A fim de valorizar os artistas e suas peças, haverá fichas técnicas impressas com QR-Code que direciona para informações como: explicação da obra (dependendo do artista e da arte) e portfólio de cada um, além dos meios de contato, como Instagram, e-mail e telefone, para posteriores encomendas e divulgação de trabalhos.
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O coordenador do Núcleo de Arte e Cultura da Unisc, professor Luiz Augusto Costa a Campis, destaca a importância do intercâmbio entre universidades, sobretudo neste momento de retomada. “Por causa da pandemia, ficamos muito tempo com as atividades suspensas, e agora estamos retomando a Escola de Música, o coral, a orquestra e as apresentações artísticas e exposições. É um conjunto de coisas que o núcleo está preparando”, afirma.
A mostra, segundo ele, será uma oportunidade de os artistas/estudantes mostrarem sua arte, mas também momento que a comunidade, em especial alunos da Unisc, professores e funcionários, terá para apreciação artística. O local onde as obras serão dispostas, na Biblioteca da Unisc, foi pensado estrategicamente. “É um lugar que fica no caminho, onde estão a sala dos acervos e a sala de estudos, por oferecer segurança para as obras e por ter um bom fluxo de estudantes”, detalha.
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Campis ressaltou ainda o tema escolhido, “Afetos: a Arte como Percepção do Amor”. Para ele, a exposição vem no sentido de resgatar algo que é tão humano e tanto faz falta nos dias atuais. “Num tempo em que a distância tem sido a marca entre as pessoas, numa sociedade na qual a gente se sente cada vez mais individualizado, é importante que esse sentimento do afeto seja despertado”, conclui.
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