A relação do gaúcho com os cavalos é muito mais do que uma amizade ou tutoria de animal. Tanto é que a raça crioula foi transformada, no ano de 2002, em patrimônio do Rio Grande do Sul. Desse tipo ou de qualquer outro, eles são imponentes, fortes, capazes de atuar no trabalho do campo ou mesmo de acompanhar em passeios, chegando a ser parceiros em alguns tratamentos de saúde, como a equoterapia.
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Mas quem quer ter algum animal deve ficar atento a uma série de cuidados especiais. E isso vale para todos, não só os pets, como cães e gatos. Os problemas de saúde entre os equinos, por exemplo, começam pela boca, o que motiva cerca de 10% dos atendimentos. Parte dos contratempos é a falta de mastigação, sobretudo por aqueles que ficam em regime de confinamento, que têm alimentação baseada em grãos e feno. Assim, os dentes não são gastos de forma adequada e podem permanecer mais longos do que o ideal.
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Também por meio da boca podem vir situações como perda de peso, descarga nasal, aumento da agressividade, acúmulo de alimento, dificuldade de mastigação, aumento do volume da face e mandíbula. E não se trata apenas da questão física: cuidar da manutenção dentária é garantir melhores respostas aos comandos na hora de montar.
Os contratempos encontrados entre os equinos vão além das questões sanitárias orais. A Clínica Veterinária e Pet Shop Fernando Panke, do estudante de Medicina Veterinária que dá nome ao estabelecimento, é quem faz o recolhimento e alojamento de animais que estejam sob maus tratos ou soltos em via pública em Santa Cruz do Sul. E não são poucos os casos.
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“A equipe responsável pelo recolhimento já passou por algumas situações bem difíceis”, conta Panke. São soltos em via pública, casos de maus-tratos, animais amarrados na enchente, o que demandou a ajuda do Corpo de Bombeiros para a retirada.
Ele ressalta que é um apaixonado por animais e, dentre eles, está o “grande animal doméstico chamado cavalo”. Por isso, defende um trabalho de conscientização de tutores para cuidarem bem de seus equinos, desde a alimentação com bastante pasto verde até ração de boa qualidade. “Não pode esquecer de hidratar. Um cavalo consome, em média, de 15 a 20 litros de água fresca por dia. E, em dias muito quentes, não devem ser mantidos ao sol.”
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Panke reforça que tem trabalhado para a conscientização dos tutores para que cuidem bem de seus animais. “Só quem tem, só quem conhece a alma de um cavalo sabe o amor que se tem a esse animal e o bem que ele proporciona é inexplicável”, enfatiza.
Ele entende que a maior parte dos recolhimentos não é relativa aos maus-tratos, mas sim ao fato de estarem soltos em via pública. “Mesmo sabendo que é proibido, alguns tutores têm o hábito de amarrar os cavalos na beira da estrada”, relata. Ele orienta sobre a importância de fazer a manutenção correta de cordas e manter em dia o buçal.
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O estudante de Medicina Veterinária diz não ser contrário aos eventos que têm o cavalo como destaque, como os rodeios. “Apoio quem utiliza o animal para o trabalho e sou apaixonado por cavalgada, prática que gostaria de promover mais no município, mas sou totalmente contra qualquer tipo de maus-tratos”, ressalta. Sobre os animais recolhidos, os tutores têm até cinco dias para manifestação da intenção de reavê-los. Isso deve ser feito na Secretaria do Meio Ambiente.
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Alimentação: deve ser oferecida alimentação com feno, grãos, sais, minerais e aveia para manter o peso adequado. Devem ser administradas pequenas porções várias vezes ao dia e sempre ter água limpa e fresca à disposição.
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Patas e pelos: os cascos precisam estar em excelente forma para evitar calos e infecções. Escolha um local arejado e com claridade para cuidar. A escovação mantém o pelo renovado e brilhante.
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Baias: as acomodações para os cavalos dividem-se em corrente, estábulos livres, restritos em compartimentos (baias), podendo proporcionar a modesta movimentação do animal e ter vantagens para os cavalos que não são movimentados regularmente ou de maneira insuficiente.
Vacinação: os cavalos devem ser imunizados contra influenza, tétano, raiva, encefalomielite e outras doenças. Para realizar a vacinação, é preciso que os animais estejam livres de parasitas.
Fonte: CPT Cursos Presenciais.
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