Não foi apenas uma vitória de 2 a 0. Foi um domínio total do jogo. O técnico Zé Ricardo colocou em campo a mesma equipe que venceu o Bahia, sem D’Alessandro e Patrick, titulares absolutos da era Odair. Também não foram esses detalhes que definiram a história do Gre-Nal. A qualidade do Grêmio se estende desde o fator organizacional, mas há um elenco mais qualificado. O primeiro tempo já mostrou a superioridade na posse de bola e jogadas bem estruturadas de ataque. Mesmo que o gol do Geromel tenha sido de bola parada, o domínio tricolor não foi só aparente, mas de evolução técnica, principalmente nas jogadas de ataque que obrigaram a defesa colorada a fazer faltas.
A rigor, o Inter não criou nenhuma chance. A tendência era de alterações para o segundo tempo e D’Alessandro substituiu Neilton, outro apagado no jogo. Tentar conseguir a posse de bola e jogar o Grêmio para o seu campo deve ter sido a intenção de Zé Ricardo. Antes do primeiro minuto, Everton carimbou o poste direito do Marcelo Lomba, mostrando logo as dificuldades que viriam pela frente. O resultado parcial de 1 a 0 não era tão desesperador para o goleiro criar uma situação constrangedora para a equipe.
G-4 ou G-6?
O lance de Lomba não exigia violência. Com um jogador a menos restou ao Colorado tocar a bola, buscando algo extraordinário para tentar o empate. Acabou não acontecendo. O segundo gol foi resultado da insegurança do time, que tentou atacar e abriu a defesa. Em síntese, a vitória do Grêmio foi justa e o Tricolor busca, a partir de agora, o G-4, que lhe garante a participação direta na fase de grupos da Libertadores da América. Ao Internacional, caberá buscar pontos para se manter no G-6.
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