No próximo sábado, viveremos mais um aniversário da Independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1922, quando foram comemorados os 100 anos do acontecimento, Santa Cruz promoveu três dias de festas. Uma das atrações foi a Batalha das Flores. A brincadeira, de origem francesa, era comum no início do século passado no Brasil e ocorria no Carnaval. Mas também podia ser organizada em outros momentos especiais.
Ela foi realizada na tarde do dia 9 (sábado) e muita gente se concentrou nas principais quadras da Rua da República (hoje Marechal Floriano). Os blocos desfilavam em carros e carruagens ornamentados com flores, e jogavam pétalas e pequenos ramalhetes uns nos outros e no público.
Outra atração dos festejos foram os Arcos do Triunfo, construídos na Rua da República e bem iluminados. O prédio da Intendência (Palacinho) também foi feericamente iluminado, com 300 lâmpadas de 32 e 50 watts. Só para comparar: toda a cidade tinha 217 postes com lâmpadas.
Publicidade
No feriado do dia 7 (quinta-feira), a alvorada foi marcada pelo toque de sirenes, apitos das fábricas e salva de 21 tiros. Na escadaria da Intendência houve hora cívica, com a presença de escolas e da população. O intendente Gaspar Bartholomay ainda fez o assentamento da pedra fundamental do Monumento à Liberdade em frente à Intendência. Devido à chuva, a missa campal foi transferida para a Igreja Matriz.
No dia 8, ocorreram disputas esportivas e, à noite, houve cinema ao ar livre. No dia 9, pela manhã, foi inaugurada a nova Praça Independência e a Avenida Independência, que liga a cidade a Entrada Rio Pardinho.
À tarde, aconteceu a Batalha das Flores. À noite, houve queima de fogos de artifício, marcando o encerramento das comemorações.
Publicidade
Pesquisa: livro de João B. de Menezes
Publicidade