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Base governista reduz, mas tem maioria na Câmara

Prefeita Helena Hermany falou aos vereadores na tribuna da Câmara em julho de 2021

Às vésperas de concluir 50% do mandato, a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (Progressistas), viu a base de apoio na Câmara de Vereadores se reduzir, mas ainda conta com uma maioria sólida. Levantamento feito pela Gazeta do Sul mostra que, desde que assumiu, Helena não enfrentou derrotas no Legislativo. A observação, realizada com base em informações do site do Legislativo, considera os 643 projetos de lei, projetos de lei complementar e vetos do Executivo que foram votados desde janeiro do ano passado. Todos foram aprovados.

Atualmente, dos 17 vereadores, dez estão alinhados com o governo. Quando Helena tomou posse, a base chegava a 12 parlamentares, embora a coligação tenha elegido somente três. As defecções envolvem Daiton Mergen, único vereador do MDB, que anunciou o desligamento do grupo governista no início de setembro e aproximou-se da oposição, e Carlão Smidt (PSDB), cuja relação com o Palacinho esfriou após ter votado contra o aditivo contratual com a Corsan em março, e que vem votando de forma independente, embora formalmente o PSDB permaneça na base.

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Os dados mostram que cinco vereadores acompanharam o governo em 100% das votações. Isso inclui toda a bancada do PSD, o PDT e dois vereadores do Progressistas. Os demais governistas, que incluem vereadores do Republicanos, União Brasil e PSDB, só não votaram com o governo em situações pontuais.

Na outra ponta, o vereador que mais votou contra ou se absteve em relação a projetos do governo foi Leonel Garibaldi (Novo). O parlamentar se opôs, por exemplo, a praticamente todos os projetos que envolvem criação de cargos no Executivo. Entre os projetos que mais enfrentaram resistências no plenário, além do aditivo com a Corsan, estão o que autorizou a Prefeitura a financiar até R$ 200 milhões com a Caixa Econômica Federal.

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Líder vê “horizonte mais tranquilo”

Conforme o líder de governo na Câmara, Henrique Hermany (Progressistas), apesar do encolhimento da base, a manutenção da maioria consistente se deve a uma estratégia do governo de esclarecer os projetos polêmicos aos vereadores. Segundo Henrique, em várias ocasiões a própria prefeita chamou os parlamentares antes da votação e, em alguns casos, os assuntos foram retirados de pauta diante de dúvidas levantadas no plenário. “Um exemplo é o projeto que tratava do prolongamento da Rua Thomaz Flores. Nós poderíamos ter aprovado, mas foi levantada uma dúvida e entendemos pertinente. Procuramos não trazer polêmicas para a Câmara sem que haja um esclarecimento anterior”, afirmou.

Helena já sinalizou que pretende fazer alterações no primeiro escalão do governo até a virada do ano. O objetivo é reorganizar a base com vistas à eleição de 2024 – ainda não está definido se ela será candidata à reeleição. Conforme Henrique, no entanto, a tendência é de que a pauta da Câmara tenha menos polêmicas nos próximos dois anos. “Olhando o cenário hoje, tudo indica um horizonte mais tranquilo”, disse.

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Um dos vereadores vistos como mais fiéis ao governo, Cleber Pereira (União) atribui a força do Executivo na Câmara ao fato de que os acordos feitos com os partidos estão sendo cumpridos. “O que foi acordado conosco sempre foi cumprido”, disse.

Vereadores de oposição se dividem quanto ao futuro

Integrantes da oposição ouvidos pela Gazeta do Sul são céticos quanto a uma alteração na divisão de forças na Câmara a partir do próximo ano, apesar das dissidências ocorridas desde o ano passado. “Não acredito que aconteçam grandes mudanças, até porque quem tem a máquina na mão, sempre tem um poder maior”, disse Alberto Heck (PT), um dos que mais votaram contra o governo na atual legislatura. Para ele, que diz que manterá a posição de “oposição crítica”, a tendência é que a proximidade da eleição municipal acentue os embates entre o grupo governista e o grupo liderado pela família Moraes, a principal frente adversária.

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Na mesma linha, Leonel Garibaldi (Novo) não vislumbra modificação no quadro. Ele entende, no entanto, que parte da força do governo se deva a uma falta de “autonomia e análise crítica” dos vereadores da situação em relação aos projetos do Palacinho. “Vale ressaltar que essa ausência de autonomia foi justamente o fator determinante apontado pelo vereador Daiton ao desembarcar da base governista”, comentou.

Já a vice-líder do PTB, Nicole Weber, não descarta mais defecções na base aliada a partir de agora. Segundo ela, a oposição está “muito fortalecida com a comunidade” devido à atuação em polêmicas como a do financiamento com a Caixa, as denúncias na Secretaria de Saúde e os questionamentos quanto aos aluguéis do Município e à execução de emendas parlamentares. Segundo ela, nos bastidores há queixas de vereadores governistas quanto a supostas pressões em votações. “Penso que isso está gerando um desgaste, que pode acarretar mais situações como a do vereador Daiton”, disse.

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