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TRIBUNA

Base bem aliada

A matéria publicada na última edição de 2023, apontando o que os partidos esperam para 2024, sobretudo pensando nas eleições municipais, evidencia uma reafirmação da base aliada da prefeita Helena Hermany (Progressistas). Ela conta com PSD, PSB, PSDB, Republicanos, União Brasil e PDT, além, claro, do próprio partido. Há forte interesse das siglas em fazer composição para a chapa majoritária, dentro desse grupo, desde que o nome principal permaneça o da atual chefe do Executivo. Ela, publicamente, nunca disse se cogita essa possibilidade. Seu partido, porém, sempre deixou claro que seria o natural. O atual vice, Elstor Desbessell (Progressistas), adiantou que tem interesse em ir, nem que seja preciso trocar de partido, o que representa maior participação no fundo eleitoral e tempo na propaganda política de rádio e televisão.

Uma história maculada

O PTB surgiu, nas mãos do gaúcho Getúlio Vargas, como um partido de esquerda, voltado às questões do trabalhador. Tanto era de esquerda que foi um dos primeiros a ter problemas quando do governo militar, pelos ideais próximos do que era chamado de comunismo. Extinta, a sigla voltou, com a proximidade do retorno da democratização, mas foi direcionada da esquerda para o centro e, agora, está na direita. Em 2023, o então presidente Roberto Jefferson, que teve sua candidatura à presidência da República anulada pela Justiça Eleitoral, deu tiros em policiais federais, que foram até a sua residência – acabou preso. Com mais de 1 milhão de filiados, uniu-se ao Patriotas, partido que flertou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A junção dos dois, em uma tentativa de salvar a história petebista e ampliar o Patriotas, resultou no terceiro maior número de filiados do País, o PRD, atrás apenas do MDB e do PT.

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Dança das cadeiras

Em Santa Cruz do Sul, o PTB dividia o título de maior bancada com o Progressistas. Cada um deles elegeu três vereadores (Henrique Hermany, Jair Eich e Ilário Keller – Progressistas – e Nicole Weber, Serginho Moraes e Rodrigo Rabuske – PTB). Os trabalhistas já perderam Nicole Weber, que assumiu a presidência do Podemos local; e deve perder os outros dois. A tendência é que Serginho Moraes acompanhe a família e migre para o PL. Rabuske tem aparecido em encontros e eventos do PL, mas não confirma o destino. O fato é que ambos já podem, assim como Nicole fez, mudar de partido sem o receio de perda de mandato. Existe jurisprudência para isso, haja vista que a sigla teve alterações ao unir-se ao Patriotas, que podem não estar de acordo com a ideologia dos dois vereadores.

Vai dar trabalho recuperar

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Desde o último ano, pensando nas eleições de outubro, os partidos têm anunciado pessoas importantes para integrar as nominatas. São pessoas de participação na sociedade, algumas delas integrantes do MDB, tendo ficado como suplentes, o que leva a crer que têm votos. Na última sessão da Câmara veio um golpe forte, quando Daiton Mergen anunciou sua saída do partido para integrar o Podemos. Ele estava na presidência emedebista. A oficialização, porém, será no período da janela de transferência, o que garante a manutenção do cargo. Os que ficaram confirmam que novos e significativos nomes devem ser anunciados.

Fundão imoral

O fundo eleitoral para o pleito de 2024 não é ilegal: foi aprovado no orçamento público, mas é imoral. São quase R$ 5 bilhões para financiar campanhas. Foi aprovado por representantes de esquerda e direita.

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