As obras de construção da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase/RS) em Santa Cruz do Sul têm causado transtornos para moradores do Corredor Zanette, no Bairro Esmeralda. O volume de lama que desce do local em direção à rua torna o acesso às residências intransitável. Além disso, a população tem reclamado da passagem constante de caminhões e máquinas pesadas em alta velocidade.
A situação dificulta a locomoção de pedestres e moradores que necessitam sair de casa de carro ou a pé. É o caso da comerciante Janeti Schulz. Segundo ela, os transtornos ocorrem tanto em dias de sol quanto de chuva. “Parece uma estrada de chão, não tem como ficar com as janelas abertas devido à poeira. Quando chove, o barro vai todo para dentro de casa. Até para pegar um ônibus é difícil.” Ao procurar os responsáveis pela obra há alguns meses, Janeti foi informada de que um acesso com bloquetes seria construído para evitar que a terra descesse. No entanto, nada foi feito até agora.
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Para a industriária Roselei da Silva, que reside no local há 20 anos, além do barro e da poeira, a preocupação também é com possíveis danos no asfalto. “Como já tínhamos asfalto, a gente estranha todo esse barro. Sabemos que é uma obra pública importante e necessária, mas existem pessoas que moram aqui. Um acesso ao local deveria ter sido feito primeiro para evitar que a lama se espalhasse”, avaliou.
Ao ser informado da situação na tarde dessa terça-feira, 7, o chefe da Unidade Central de Fiscalização Externa (Ucefex) da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Guilherme Lopes, afirmou à Gazeta do Sul que uma vistoria será feita no local. Em caso de irregularidades, os responsáveis poderão ser multados. “Vamos primeiro verificar se há uma contenção de cama de brita ou outro material. Se não houver, vamos orientá-los a fazer. Caso o problema persista, poderemos notificá-los, multá-los e até embargar a obra, se for necessário”, afirmou.
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Lopes comentou que problemas semelhantes também foram registrados em loteamentos que estão em fase de construção em outros pontos do município. “Em um deles, os responsáveis foram multados devido à falta de licença de corte de aterro. No outro, as obras foram paralisadas até que tudo esteja regularizado.”
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