Moradores e visitantes da cidade do Rio terão uma área de lazer verde de 1,6 milhão de metros quadrados em frente à praia, na Barra da Tijuca, zona oeste. O prefeito Eduardo Paes lançou nesta quarta-feira, 3, a pedra fundamental do Parque Natural Nelson Mandela que, junto com o Parque de Marapendi, que também ocupa a restinga, promete ser um dos maiores parques públicos do Rio até 2016.
No local, serão instalados 1,5 mil metros de ciclovias e trilhas compartilhadas, bicicletários, bancos mesas e brinquedos infantis, todos materiais de madeira. Também haverá quadras de areia para a prática de vôlei e quadras gemadas ocupando um total de 7 mil metros quadros.
Uma ponte para pedestres e ciclistas sobre a Lagoa de Marapendi vai ligar a praia à Avenida das Américas. O projeto inclui ainda banheiros com chuveiros movidos à energia solar.
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Mais da metade do terreno, que fica em uma Área de Preservação Ambiental (APA), ainda é propriedade privada. Cerca de 48% do total da área – que cobre a faixa marginal da Lagoa de Marapendi, em frente à Praia da Reserva, – foram cedidos pelos proprietários à municipalidade. Eles terão, em troca, o aumento do gabarito de imóveis em outras cinco áreas no bairro.
De acordo com o prefeito, a Reserva Ambiental de Marapendi continuará intocada, graças à Lei Complementar 133, aprovada pela Câmara Municipal em 2013, que autorizou a troca e criou a Operação Urbana Consorciada (OUC) em área nobre da Barra da Tijuca. Essa área sofre há anos forte especulação imobiliária, intensificada com o anúncio das Olimpíadas de 2016.
“Esta é uma área de proteção ambiental, mas havia potencial construtivo. Então, viabilizamos algo que, de fato, representasse um parque. Com o parque, fica proibida qualquer construção de empreendimento imobiliário”, disse Paes. “O que a lei fez foi juntar esse potencial e transferir para outro lugar”.
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As obras na parte que já é pública estão orçadas em R$ 10 milhões e o edital da licitação para a execução da primeira das três etapas do projeto foi autorizado hoje pelo prefeito. “Esperamos que o processo licitatório saia em junho para começarmos as obras no segundo semestre”, disse, ao estimar em nove meses a duração das obras,.
De acordo com Decreto 3.8646 de 2014, os ex-proprietários terão que recuperar danos ambientais causados nos últimos anos, com plantio de 18 mil metros quadrados de vegetação nativa.
Nos novos terrenos, eles podem aumentar o gabarito em até dois pavimentos, o que, segundo a prefeitura, representa um aumento de 10% no total da área edificável.
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