Coube a uma boneca, a Barbie, a façanha de praticamente lacrar salas e sessões em cinemas de todo o Brasil, algo sem precedentes recentes (e, na verdade, raro em qualquer tempo) no mercado cinematográfico. A estreia de Barbie, com direção de Greta Gerwig e tendo Margot Robbie no papel principal, na última quinta-feira, 20, levou uma legião de fãs às salas de exibição. E não foi diferente em Santa Cruz do Sul, onde o Cine Santa Cruz e o Cine Max Brasil se renderam a abrir, sucessivamente, mais e mais sessões, num esforço para dar conta de uma demanda quase desenfreada de interessados em conferir esse misto de drama e comédia.

Nada mal para um filme que se posiciona à margem das tradicionais produções de ação, aventura ou super-heróis. O primeiro sintoma de uma efervescência anormal no contexto das estreias da semana no circuito nacional veio com a criação de sessões especiais já nos primeiros minutos da quinta-feira. Em sequência, tanto o Cine Santa Cruz quanto o Max Brasil foram ampliando a oferta de sessões fixas diárias. E na quinta-feira, novos horários foram anunciados, de forma que, neste fim de semana, os espectadores têm três sessões na sala 1 e três na sala 2, além de uma sessão extra anunciada para o dia 26, quarta-feira; e no Max Brasil têm quatro sessões na sala 1.

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Tudo para conferir o divertido mundo cor-de-rosa da mais famosa boneca de todos os tempos. Barbie foi criada em 1959 pela multinacional Mattel e, ao longo das décadas, já inspirou as mais variadas adaptações, para diferentes manifestações artísticas. Esta, no entanto, é a primeira vez em que ela chega às telas em live-action. Ela e, na verdade, todo o seu mundo, Barbieland, onde ela e as diversas versões vivem. Essas variações da Barbie são o mote para que inúmeros colecionadores se rendam à nostalgia que envolve esse período mágico da infância ou da pré-adolescência. No filme, em Barbieland, as bonecas vivem em total harmonia com as demais Barbies, todas ocupando-se de escolher as roupas de sua preferência e de não perder nenhuma festa.

Mas é justamente a boneca interpretada por Margot Robbie que, a certa altura, começa a questionar o sentido da existência, como ela é levada nesse universo em que habitam. E é a partir dessas indagações que ela acaba por parar no mundo dos humanos, e ali passa a experimentar as limitações, as deficiências e os obstáculos destes. Só mesmo o namorado e amado Ken, papel de Ryan Gosling, pode dar-lhe o suporte necessário para não desanimar. E justamente Ken começa a gostar cada vez mais desse novo ambiente em que vieram parar. É esse enredo que motivou a maior pré-venda de ingressos para cinema da história para a Warner Bros no Brasil. Parece mesmo não haver limites para o que Barbie é capaz de protagonizar.

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