Morreu na manhã deste sábado, 9, Osni Valdemir de Mello, de 61 anos. Ele foi internado nessa sexta-feira, 8, em estado crítico. Sapo, como ficou conhecido no submundo do crime, foi alvo de muitas ofensivas das forças de segurança ao longo de mais de uma década. Em uma delas, a chamada Operação Predadores, considerada como divisor de águas nas investigações relacionadas ao narcotráfico no Vale do Rio Pardo, a Polícia Civil apreendeu 451 quilos de cocaína, crack e óxi, que estavam enterrados em lavouras, em 6 de junho de 2012, em Linha Curitiba, interior de Candelária.
O laboratório de refino e ponto de distribuição de drogas para toda a região, segundo a polícia, pertencia a Sapo. Foragido da Interpol, o investigado, que chegou a ser chamado de “Barão das Drogas” na metade da década passada e tornou-se o homem mais procurado do Estado, foi localizado mais de três anos depois, em 17 de fevereiro de 2016, em um imóvel de Araranguá, Santa Catarina. No dia daquela prisão, foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul sob forte escolta da antiga Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec).
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No local, chegou a conversar com a reportagem do Portal Gaz. Disse que pretendia se apresentar à polícia na época e que não tinha mais envolvimento com tráfico. “Eu tava só esperando um tempo pra me apresentar. Não tinha mais condições de ficar foragido.”
Recentemente, Sapo cumpria prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Sua última aparição envolvido na criminalidade aconteceu em 25 de abril deste ano, quando foi um dos alvos da megaoperação Enxuta, deflagrada pela Delegacia de Polícia (DP) de Venâncio Aires – a mesma que localizou o laboratório de drogas em 2012.
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No dia da megaoperação Enxuta, foi preso preventivamente em sua casa, na Rua Papa João XXIII, no Bairro Faxinal Menino Deus, em Santa Cruz. Embora tenha sido conduzido ao presídio, foi liberado para prisão domiciliar, já em razão da condição de saúde debilitada. Nesta ofensiva, ele foi apontado como um dos líderes de um grupo criminoso familiar especializado em lavagem de dinheiro. Além dele, na ação, foram alvos de mandados de prisão seus dois filhos, Deivid Andriel de Mello, o Dedê, de 31 anos, que já cumpre pena de 43 anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc); e Dieike Andrigo de Mello, de 38 anos, que estava em liberdade e foi preso em um imóvel de luxo na Rua Félix da Cunha, na região central da Capital do Chimarrão.
Conforme a polícia, o grupo chefiado pela família teria acumulado mais de R$ 20 milhões em patrimônio com origem ilícita, em bens como veículos de luxo, imóveis, posto de combustíveis e até um prédio onde ficaria a nova sede da Defensoria Pública de Venâncio Aires. Este caso segue em andamento na esfera judiciária. Por enquanto, não há detalhes dos serviços fúnebres de Osni Valdemir de Mello, que morreu na UTI. O Hospital Santa Cruz (HSC) confirmou o óbito através da assessoria de imprensa.
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