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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Banquetes à francesa

Nas décadas de 30 e 40, no auge do desenvolvimento econômico e comercial de Santa Cruz do Sul, havia na cidade a tradição de realizar grandes banquetes. As recepções eram organizadas por clubes, empresas e confrarias, geralmente para homenagear visitantes ilustres e pessoas importantes da sociedade.

Os pratos eram preparados pelo português Emigdio Campos, casado com a santa-cruzense Hilda Hübner. Antes de se estabelecer na cidade, ele viajou pela Europa como ator de teatro. Além de gourmet, era profundo conhecedor de vinhos. Quando casou com Hilda (uma das donas do Hotel das Moças), ele e a esposa passaram a dirigir o Hotel Santa Cruz e criaram ali um restaurante de classe internacional.

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Quando havia uma festividade especial, os dois eram contratados para preparar o banquete. Isso incluía o preparo dos pratos, escolha da carta de vinhos, cocktails, sobremesas e charutos, além da organização das mesas, taças, talheres, louças e outros. Eles contavam com uma equipe de auxiliares e os eventos eram no Clube União.

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Neto de Campos, Emigdio Engelmann ainda guarda os menus de alguns banquetes, como da Mercur, da visita de Flores da Cunha, do cinquentenário do Banco Nacional do Comércio e outros. Como mandava a tradição, eles eram escritos em francês.

Em alguns, havia carnes exóticas, oriundas de caças, e pratos que homenageavam personalidades locais, como “frango com ervilhas à moda Dr. Guilherme Hildebrand” e “coelho à moda Cel. Oscar Jost”.

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Foto: Divulgação
Cardápios eram escritos em francês

 

 

Foto: Divulgação
Banquete da Mercur: mesa foi montada em forma de raquete de tênis, com uma bolinha no centro
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