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Rio de Janeiro

Banqueiro é solto após pagar fiança de R$ 90,6 milhões

O banqueiro Eduardo Plass, preso na sexta-feira, 3, sob a acusação de lavar R$ 90 milhões para uma joalheria que tinha como cliente especial o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), pagou ontem fiança de R$ 90,6 milhões para deixar a cadeia. Trata-se provavelmente da maior fiança já fixada nas operações de combate à corrupção realizadas sobre a égide da Lava Jato.

O pagamento foi a condição estabelecida pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Plass, segundo a Justiça Federal, está autorizado a deixar a prisão.

Até então, a soma mais alta, também fixada por Bretas, foi imposta ao empresário Eike Batista, para que pudesse ir para prisão domiciliar: R$ 52 milhões. Quantias bem menores foram fixadas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, nos casos do marqueteiro João Santana (R$ 2,7 milhões) e Cândido Vaccarezza (R$ 1,5 milhão).

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O banqueiro, que foi presidente do Banco Pactual e é sócio majoritário do TAG Bank, no Panamá, e da gestora de recursos Opus, foi preso temporariamente na sexta-feira. Anteontem, Bretas transformou a prisão em preventiva (que não tem data específica para acabar) e estipulou a fiança.

O Ministério Público Federal acusa Plass e duas sócias pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo a investigação, ele recebia de diretores da H. Stern, joalheria em Ipanema, zona sul do Rio, dinheiro em espécie – pelo menos parte oriundo de compras de joias feitas sem nota fiscal por Cabral, então governador do Rio, e por sua mulher, Adriana Ancelmo.
 

Transferências

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Com o dinheiro vivo, Plass, segundo o MPF, iniciava uma sequência de transferências no exterior usando empresas offshore até chegar à holding da joalheria. Para dar aparência de legalidade às transações, a equipe do banqueiro assinava contratos fictícios de empréstimos com os diretores da joalheria, muitos deles com datas retroativas ideologicamente falsas.

No período em que se realizaram essas transações ilegais (2009 a 2015), uma série de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas foi cometida pelos diretores da joalheria, que agora colaboram com as investigações, e por Plass e sua equipe. Foram entregues em espécie pela joalheira e transferidos no exterior US$ 24,3 milhões (R$ 91,6 milhões).

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