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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Bandeira preta passará a valer a partir deste sábado em todo o Rio Grande do Sul

Em reunião com os prefeitos e presidentes das associações de municípios do Estado, o governador Eduardo Leite (PSDB) decretou o fim da cogestão no sistema de distanciamento controlado, impedindo a flexibilização conforme decisão dos municípios. Na gestão compartilhada, regiões com classificação na bandeira preta podiam adotar protocolos da bandeira vermelha, e os classificados em bandeira vermelha estavam liberados para adotar regras da bandeira laranja, por exemplo. O encontro virtual ocorreu na tarde desta quinta-feira, 25.

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O governador também antecipou anúncio das bandeiras da nova rodada, que costumava ocorrer às sextas-feiras. A partir de sábado, 27, e até o domingo, 7 de março, todo o estado deverá adotar as regras da bandeira preta. “Entendemos que é preciso centralizar as ações de comando, mas em nenhum momento queremos tomar esta decisão sozinhos, por isso, queremos que os prefeitos nos ajudem. Minha recomendação é acabar, temporariamente, com a cogestão”, disse Leite.

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De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, a primeira onda da pandemia, registrada entre os meses de julho e agosto de 2020, tinha em média 64 internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por dia. Em dezembro, no que se convenciona chamar de segunda onda do coronavírus, a média foi de 67 internações. Desde a última terça-feira, 23, a média é 246 internações – quatro vezes maior do que no inverno passado.

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“Nem que criássemos 7 mil leitos de UTI, o que é totalmente inviável, seria possível dar conta de tantas internações. Estamos no nosso limite”, frisa Leite.

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Assista à reunião entre Estado e Famurs

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Três de cada quatro pacientes de UTI Covid morrem no RS

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A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, emocionada, disse que, com a ocupação geral de leitos em UTIs na faixa dos 91,4%, a última fase de expansão do contingenciamento nos hospitais será fechar para demais serviços e criar clínicas com leitos para a internação. “A ciência não explica o que está acontecendo. A velocidade com que o vírus avança é muito maior e a letalidade também. No ano passado, 60% das pessoas internadas em UTI não resistiam. Agora, em fevereiro, esta taxa é de 75%”, disse.

Significa dizer que apenas um de cada quatro pacientes internados em UTI sobrevive nos últimos dias. “Se esta taxa de crescimento continuar, em 15 de março, teremos 200 óbitos por dia e mais de 15 mil mortos no Rio Grande do Sul”, complementou Arita.

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