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Distanciamento controlado

Bandeira laranja volta a deixar a região em alerta

Foto: Rafaelly Machado

Na sétima rodada do distanciamento controlado do Rio Grande do Sul, o mapa de risco da contaminação com o novo coronavírus aponta um cenário de risco médio na maior parte do território gaúcho. Com a revisão dos parâmetros, apresentados pelo governador Eduardo Leite (PSDB) no último sábado, 20, Santa Cruz do Sul e os demais municípios da Região 28 entraram na faixa laranja. A contar de terça-feira, 23, durante uma semana, a principal recomendação é a para que se evitem aglomerações.

A coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional em Saúde (CRS), Mariluce Reis, conta que dois fatores colaboraram para a mudança na classificação na região. O aumento no número de internações clínicas nos hospitais, que passou de 11 para 20 na última semana, é um deles. Conforme o sistema integrado de monitoramento online do Estado, ontem à tarde a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos 9 hospitais da região era de 58,1%. “Tivemos um aumento de 300% de internações por Covid-19. Apesar de estarmos há mais de 20 dias sem óbitos na região, mas isto é transmissão, a gente aumentou números de casos nesta semana”, disse Mariluce em entrevista ao Portal Gaz.

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Com a mudança, Santa Cruz do Sul, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz passam para a classificação laranja. “Nesta segunda-feira, teremos uma reunião coletiva, ao lado dos prefeitos, para que sejam discutidos os pontos desta mudança”, destacou a coordenadora da 13ª CRS.

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O encontro ocorre às 14 horas, na sede do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em Santa Cruz do Sul. O presidente do Cisvale, prefeito de Pantano Grande, Cássio Nunes Soares, e o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Paulo Butzge, também participarão da reunião. “É necessário que sigamos controlando o número de pessoas nas ruas, evitando as aglomerações e redobrando os cuidados de higiene”, recomendou Mariluce.

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“Não é hora de sair à rua”, reforça secretário interino
O secretário municipal interino de Saúde, Giovani Alles, afirma que a troca de bandeira do amarelo para o laranja deve servir como um sinal de alerta aos santa-cruzenses. Conforme ele, fora as restrições de público em lojas, restaurantes e indústrias, delimitadas pela classificação laranja, não devem ocorrer novas restrições.

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Alles revela que o decreto municipal mantém regras mais rígidas com relação à classificação amarela, e pode ser aplicado da mesma forma às restrições impostas pela bandeira laranja. “Onde houve avanço, como na questão dos provadores de lojas, não haverá retrocesso. Porém, não será possível esperar avanços na flexibilização nesta semana”, destacou.

O interino da Saúde reforça a necessidade do uso de máscara e álcool em gel e de não relaxamento no distanciamento social. “Ainda não é a hora de sairmos às ruas, realizarmos festas e eventos com aglomeração de pessoas”, pontuou.

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De acordo com Alles, a preocupação é com o avanço da doença e uma possível maior necessidade de internação hospitalar. Mesmo com Santa Cruz do Sul ainda mantendo uma taxa mais baixa, a transferência de pacientes de outras cidades não está descartada, pois no caso da Covid19 a regulação da ocupação dos hospitais é do Estado.

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O QUE MUDA COM A NOVA CLASSIFICAÇÃO
No comércio, a mudança pela troca de bandeira impacta na capacidade máxima de operação das lojas, que é o percentual de trabalhadores presentes no turno, respeitando o teto de ocupação do espaço físico. Este limite volta a ser a metade em número de atendentes e de clientes dentro das lojas.

Nos restaurantes, durante o período de bandeira laranja, apenas 50% dos trabalhadores podem atuar. Outra mudança diz respeito aos hotéis e similares, que poderão disponibilizar apenas 50% dos quartos. Na bandeira amarela, é permitido 60%.

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O trabalho na indústria igualmente acaba sendo alterado. O teto de operação, que era de 100% na grande maioria dos casos enquanto o município estava na bandeira amarela, passa para 75% também na maioria das atividades de indústria, como construção, metalurgia, tabaco, vestuário e outros. Segmentos de alimentação e bebidas seguem com a possibilidade de operar com 100% de sua capacidade.

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Cinco regiões entram no vermelho por duas semanas
Cinco regiões migraram para a bandeira vermelha na sétima rodada do Distanciamento Controlado no Estado. O mapa preliminar foi divulgado pelo governador Eduardo Leite. As regiões de Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Palmeira das Missões, que estavam em bandeira laranja, no risco médio, passaram para classificação vermelha, com grau de restrição bem maior.

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Nas regiões de Pelotas, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul, a classificação amarela passou para categoria laranja. Quatro regiões tiveram redução de risco. Caxias do Sul e Uruguaiana, que eram as duas únicas regiões com bandeira vermelha, apresentaram melhora em indicadores e migraram para a bandeira laranja. As regiões de Bagé e Santa Rosa também progrediram, saindo da bandeira laranja para a amarela.

O governo deu prazo até as 18 horas de domingo, 21, para que as regiões apresentassem defesa e solicitassem a possibilidade de alteração de classificação. Nesta segunda, ocorre reunião do Gabinete de Crise, que fará nova análise e divulgará à tarde as bandeiras definitivas, que estarão em vigor de 23 a 29 de junho.

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Mais de 50 mil mortos por Covid-19 no Brasil
O Brasil ultrapassou a marca dos 50 mil mortos. Somente no domingo, segundo o Ministério da Saúde, foram registradas 641 novas vítimas fatais da Covid19. A última atualização eleva o total para 50.617 óbitos desde o mês de março, com 1.085.038 casos de infecção confirmados. No Rio Grande do Sul, o total de mortes chegou a 434 vítimas, e com 19.348 infectados pelo novo coronavírus até o momento.

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