O governo do Estado divulgou na tarde desta segunda-feira o mapa de risco definitivo, válido para o restante dessa semana. Dos sete recursos encaminhados para análise do Gabinete de Crise, cinco foram aceitos e as regiões retornam à bandeira laranja, inclusive Santa Cruz do Sul. Com isso, o Vale do Rio Pardo preenche o requisito de estar há pelo menos duas semanas nas cores amarela ou laranja e está apto a discutir e definir protocolos para o retorno das aulas presenciais, possível já a partir desta terça-feira, 8.
Na atualização preliminar, divulgada na última sexta-feira, 12 regiões haviam sido classificadas com a cor vermelha, representando risco epidemiológico alto para Covid-19. Esse número caiu para oito após a análise dos recursos encaminhados pelas prefeituras e associações de municípios. Os pedidos das regiões de Santa Cruz do Sul, Taquara, Guaíba e Lajeado foram aceitos pelo Piratini, retornando à cor laranja. Por outro lado, Palmeira das Missões e Erechim tiveram seus pedidos negados e permanecem na cor vermelha, juntamente com Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo e Cruz Alta, que não apresentaram recursos.
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Encaminhado pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), o recurso novamente baseou seus argumentos na capacidade da rede hospitalar da região em atender seus pacientes, e foi suficiente para convencer o Gabinete de Emergências a voltar atrás na decisão. Dos 11 indicadores de risco considerados para definir a nota da região, três tiveram piora em relação à semana anterior e apenas um melhorou. A projeção do número de óbitos calculada para os próximos sete dias é de 8,7.
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Das 21 regiões de risco nas quais foi dividido o Rio Grande do Sul a partir da criação do modelo de distanciamento controlado, 17 já adotaram a gestão compartilhada, que possibilita a adoção de regras flexíveis para as atividades econômicas e circulação de pessoas, mas que não podem ser menos rígidas que as da bandeira imediatamente anterior. Assim, as regiões que estão em bandeira vermelha podem estabelecer protocolos próprios, mas não menos rígidos que os previstos para a bandeira laranja. Cada município pode, ainda, definir regras próprias de acordo com sua realidade.
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Decisão possibilita o retorno dos alunos às salas de aula
Conforme o decreto estadual publicado no último sábado, que regulamenta o retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul, um dos requisitos necessários para as regiões e os municípios que desejarem viabilizar o retorno dos estudantes às salas de aula é a classificação de risco. A cor da bandeira deve ser amarela ou laranja há pelo menos duas semanas.
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O calendário proposto pelo Piratini autoriza o retorno já a partir de hoje para os alunos da educação infantil (zero a cinco anos) das redes municipal, estadual e particular. Ainda no sábado, prefeitos e gestores da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) estiveram reunidos por meio de videoconferência para debater a questão e tentar uma decisão conjunta; contudo, não houve unanimidade e ficou definido que cada município deverá discutir a questão e definir os próprios protocolos.
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A constante mudança das bandeiras, que pode acabar proibindo o retorno já na primeira semana, tem gerado insegurança nos prefeitos e é um dos motivos das divergências. Os gestores alegam que não é possível organizar transporte, merenda e demais protocolos sem ter uma previsão de duração. Em Santa Cruz do Sul, uma reunião entre as secretarias de Saúde e de Educação com o Gabinete de Emergências está marcada para hoje, e deve definir se e quando o município vai retomar as aulas.
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