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CORONAVÍRUS

Bandeira laranja entra em vigor a partir do meio-dia em Santa Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Santa Cruz do Sul terá duas classificações em um dia: inicia esta quinta-feira, 27, com regras da bandeira vermelha e, a partir do meio-dia, adota o controle da bandeira laranja, ambas do modelo de distanciamento controlado do Governo do Estado. Isso acontece porque o Piratini aprovou, na tarde dessa quarta-feira, 26, a gestão compartilhada para o Vale do Rio Pardo (Região 28).

Com isso, os prefeitos, por meio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), têm a possibilidade de adotar regras próprias para a região, ainda observando o modelo de distanciamento. Conforme a proposta encaminhada pelos gestores e aprovada pelo Governo do Estado, as regras da bandeira laranja retornam ao meio-dia desta quinta, mesmo com a bandeira vermelha permanecendo até, pelo menos, esta sexta-feira.

Após a bandeira vermelha definida na semana passada e o recurso negado nessa segunda-feira, a alternativa que restava à Amvarp para a região não permanecer sob regras mais rígidas foi criar um Centro de Operações de Emergências em Saúde (COE) regional, redigir e protocolar junto ao Estado uma proposta de gestão compartilhada, aprovada na tarde dessa quarta.

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“Ter essa homologação por parte do Estado nada mais é que ver o nosso trabalho reconhecido também em nível estadual, o que virá a beneficiar, de certa forma, diretamente a vida das pessoas”, afirmou o presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge (PSB).

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A gestão compartilhada permite às associações de municípios flexibilizarem as restrições para sua área de abrangência, podendo adotar normas mais leves que as da bandeira definida pelo Estado, mas não menos rígidas que as da imediatamente anterior a ela. No caso do Vale do Rio Pardo – que está na cor vermelha –, ficaram estabelecidas as regras da classificação anterior, a laranja.

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“Este plano estará valendo para a nossa região enquanto permanecermos num momento mais ou menos estabilizado. Se houver grandes variações, obviamente que nós precisaremos fazer uma análise”, frisou Butzge.

Ao comentar sobre os motivos que explicam a aprovação do modelo da Região 28 pelo Piratini, o presidente da Amvarp destaca a pesquisa Covid-VRP, encomendada e financiada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale).

Ela fornece dados regionais científicos e técnicos, dando uma noção da realidade e auxiliando na tomada de decisões por parte dos gestores municipais. “Essa é a grande justificativa da pesquisa de soroprevalência. Para saber como está a nossa população, a quanto anda a tão falada curva aqui na nossa região.” Além disso, a união dos prefeitos também foi citada por Butzge como fator determinante para o sucesso da proposta.

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Os argumentos da Amvarp

■ Os protocolos propostos consideram o número de leitos de UTI e clínicos existentes na região.
■ A proliferação da Covid-19 é mais branda e lenta na maioria dos municípios do Vale do Rio Pardo.
■ Aumento da capacidade da rede hospitalar especificamente para atender pacientes com coronavírus; 20 leitos no Hospital Santa Cruz, cinco leitos no Ana Nery e oito no São Sebastião Mártir.
■ Queda no número de pacientes com o vírus ativo e aumento dos recuperados nas últimas semanas.
■ Uma das menores taxas de mortalidade para cada 100 mil habitantes, o que demonstra a capacidade de conter o avanço da doença.
■ O sistema de saúde nunca entrou em colapso, mostrando-se capaz de atender à demanda.
■ Comparada às demais, a macrorregião dos Vales apresenta a terceira menor taxa de ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19.

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Mudanças geram dúvidas nos comerciantes

Em um intervalo de apenas 48 horas, Santa Cruz do Sul passou por três mudanças nas regras. Na segunda-feira ainda vigoravam as normas da bandeira laranja, com a negativa do recurso por parte do Estado; na terça-feira, o município aumentou as restrições para cumprir as determinações da bandeira vermelha. Agora, no entanto, a aprovação da cogestão muda novamente os protocolos a serem seguidos. Essa sucessiva mudança tem gerado dúvidas e incertezas tanto nos comerciantes quanto na população.

Gerente da Joalheria e Ótica Kothe, Luana Kessler conta que a mudança fez muitos clientes procurarem o estabelecimento nessa quarta, com medo de que pudesse fechar. Ela relata que muitos entraram em contato buscando informações, mas o movimento na loja não teve alterações em relação aos dias anteriores. “Esse pode, não pode, abre, não abre deixa todo mundo muito nervoso, agitado. Tanto os clientes quanto a gente trabalhamos sempre na insegurança. É muito ruim porque ficam todos inquietos”, observa.

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Na mesma linha, o diretor da Agrocomercial Afubra, Romeu Schneider, explica as adaptações e critica a falta de tempo para as adequações. “Sempre vem em cima da hora. Anteontem, às 18 horas, ainda não sabíamos como ficaria a situação.”

Segundo Schneider, a loja cumpriu as determinações e operou da forma permitida. “Precariamente, mas estivemos funcionando dentro daquilo que previa a bandeira vermelha”, sublinha. Pela manhã, até mesmo em função do horário, houve redução no movimento, que se normalizou à tarde.

Para esta quinta-feira, os lojistas deverão abrir às 10 horas (como era permitido na bandeira vermelha), mas poderão fechar às 19 horas (já nas regras de bandeira laranja). A dúvida foi esclarecida em comunicado do Sindilojas do Vale do Rio Pardo, pelas redes sociais.

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