O Ministério Público e a Prefeitura de São Paulo fecharam acordos com os bancos Citibank (EUA) e UBS (Suíça) para que as instituições financeiras paguem indenizações no total de US$ 25 milhões (equivalentes a R$ 71 milhões) por terem sido usadas para movimentar quantias que, segundo a Promotoria, foram desviadas pelo ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf (PP-SP) entre 1993 e 1998.
O acordo prevê que a parte da indenização destinada à Prefeitura (US$ 22,6 milhões) seja usada prioritariamente na criação do parque Augusta, na rua homônima, em São Paulo, de acordo com o promotor de Justiça Silvio Marques. Como a desapropriação da área pode custar até R$ 100 milhões, os recursos também poderão ser aplicados na instalação de creches.
Os bancos aceitaram pagar as indenizações em troca da garantia de que não serão alvo de ações judiciais.
As instituições financeiras poderiam ser acusadas de negligência porque a família Maluf circulou em contas dos bancos cerca de US$ 250 milhões que foram desviados de obras públicas, de acordo com o Ministério Público. As indenizações correspondem a 10% desse total.
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O ressarcimento do Citibank será no valor de US$ 15 milhões e o do UBS no montante de US$ 10 milhões.
A assessoria de Maluf afirmou que o ex-prefeito não cometeu crimes contra os cofres municipais e o Ministério Público não tem provas para fundamentar as acusações contra o deputado. De acordo com a assessoria, Maluf não tem e nunca teve contas no exterior.
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