Aqueles que se aventuram a dar a volta completa em torno do Lago Dourado podem conferir, na parte norte do trajeto, uma paisagem diferente ao olhar a lâmina d’água. Tratam-se de bancos de areia, formados próximos ao vertedouro – ponto responsável pela entrada da água do Rio Pardinho. Para muitos visitantes, o acúmulo de terra passa despercebido. Outros, no entanto, chamam a atenção para a grande concentração de resíduos no fundo do reservatório, que pode ser um sinal de assoreamento do Lago Dourado.
Segundo o engenheiro civil da Prefeitura, Leandro Kroth, não existe assoreamento. Ele garante que a quantidade de material trazido pela água do Rio Pardinho e acumulado no fundo do lago é mínima. O também engenheiro civil Carlos Augusto Gerhard, no entanto, contesta Kroth. Ele afirma que constatou o assoreamento de cerca de 40% do reservatório. “Quando o nível está baixo, a parte norte fica totalmente fora da água”, apontou Gerhard. Para ele, se nada for feito, o acúmulo de lodo e areia vai continuar.
Desde sua construção, por volta de 2002, uma série de falhas foram constatadas no Lago Dourado, como indícios de infiltração e pouca profundidade, por exemplo. Gerhard disse que já alertava os responsáveis naquela época. A pouca profundidade facilita o aquecimento da água, o que, consequentemente, favorece a proliferação de micro-organismos. “O lago é raso e já se vê, além de lodo, algas”, disse, lembrando que, depois de pronto, ficou com metade da amplitude prevista.
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