O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevou a taxa dos Fed funds em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 1,75% e 2,0%. A decisão desta quarta-feira foi unânime (8 a 0) e marca a segunda elevação no ano de 2018. A taxa de desconto também foi elevada em 0,25 ponto porcentual, para 2,50%.
Informações recebidas pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed entre a reunião de política monetária de maio e o encontro desta quarta-feira indicam que o mercado de trabalho continuou a se fortalecer e a atividade econômica tem se expandido a um ritmo “sólido”, aponta o comunicado da instituição.
“Ganhos de empregos têm sido fortes, na média, em meses recentes, e a taxa de desemprego declinou”, afirma o Fed. “Dados recentes sugerem que o crescimento de gastos das famílias acelerou, enquanto o investimento em capital fixo de empresas continuou a crescer fortemente.”
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A nota do BC americano comenta ainda que, na base de 12 meses, tanto a inflação nominal quanto a inflação excluindo alimentos e energia se aproximaram de 2%, ao passo que indicadores de expectativa de inflação de prazo mais longo mudaram pouco, na média.
Em seu comunicado, o Fed lembra de seu mandato de garantir máximo emprego, com estabilidade de preços. “O Comitê espera que mais elevações graduais na taxa para os fed funds sejam consistentes com a expansão sustentável da atividade econômica, condições fortes do mercado de trabalho e inflação próxima da meta simétrica de 2% do comitê no médio prazo”, diz, acrescentando que os riscos à perspectiva econômica parecem em geral equilibrados.
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Diante das condições atuais e das expectativas para o mercado de trabalho e a inflação, os dirigentes do Fed afirmam que decidiram elevar os juros para a faixa entre 1,75% e 2%, mas argumentam que isso não significa um endurecimento excessivo: “A postura da política monetária continua acomodatícia, portanto apoiando as condições fortes no mercado de trabalho e uma volta sustentável à inflação em 2%”, diz.
O Fed afirma ainda que, ao determinar o cronograma e o tamanho de ajustes futuros da taxa de juros, avaliará as condições reais e as esperadas para a economia, tendo em vista seus objetivos para inflação em 2%, com máximo emprego. “Essa avaliação levará em conta uma série de informações, incluindo medidas das condições do mercado de trabalho, indicadores de pressão inflacionária e expectativas para a inflação e leituras dos acontecimentos financeiros e internacionais”, diz o comunicado.
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