Nos corredores da Câmara de Santa Cruz, há um movimento para criar uma espécie de “frentão” formado por vereadores, tanto de oposição quanto da base aliada, que estão desconfortáveis em seus partidos – e não são poucos. Conversas ocorreram ao longo desta semana. A estratégia seria a seguinte: antes de trocar de legenda, os insatisfeitos formariam uma força no Legislativo e, com isso, se cacifariam para negociar o futuro com o Palacinho. A conferir.
Carinho
Anunciada na primeira sessão do ano, a troca na liderança de governo na Câmara de Santa Cruz foi encarada, no meio político, como um afago do prefeito Telmo Kirst (Progressistas) nos tucanos. O novo líder é Gerson Trevisan (PSDB).
Candidato único
A cinco meses da definição das candidaturas para a eleição deste ano, correm articulações para que haja um único candidato a deputado estadual de Santa Cruz do Sul que represente o governo Telmo. Atualmente, três partidos da base aliada na Câmara – Progressistas, SD e PT – têm pré-candidatos à Assembleia Legislativa e todos querem o apoio de Telmo.
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Vai longe
Já está na pauta da Câmara de Santa Cruz um novo projeto (o quarto) que diz respeito ao recesso parlamentar. De autoria de Francisco Carlão Smidt (PTB), a proposta prevê que o recesso seja reduzido dos atuais 60 para 40 dias. Assim, as reuniões ordinárias ocorreriam de 1º de fevereiro até 23 de dezembro, a cada ano. A discussão vai longe.
Na Justiça
A Prefeitura de Santa Cruz já entrou na Justiça para cobrar uma dívida de mais de R$ 2,1 milhões da vereadora Kelly Moraes (PTB). O débito tem origem em um julgamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), que encontrou problemas nas contas do Município de 2012, último ano de Kelly como prefeita.
Ainda dá
A maior parte do valor corresponde à contratação de uma empresa de assessoria jurídica que, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), causou prejuízos ao erário municipal. O governo alega que executar a dívida era uma obrigação da Prefeitura. Kelly ainda pode entrar com embargos para evitar a cobrança.
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Direto ao ponto
Duas coisas são certas. Primeiro: a agência reguladora municipal precisa operar a pleno porque os serviços de saneamento e de transporte urbano necessitam de fiscalização. Segundo: o governo não tem mais argumentos plausíveis para protelar o início do funcionamento do órgão.